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Adolescente ou idoso no final da vida: Teich propôs escolha para decidir onde investir dinheiro

A fala foi dita pelo novo ministro da Saúde em abril de 2019, em vídeo institucional produzido pelo Instituto Oncoguia. Assista
23:52 | Abr. 16, 2020
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Nelson Teich, oncologista anunciado nesta quinta-feira, 16, como novo ministro da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já propôs escolha entre "adolescente" e "idoso no final da vida". A fala foi dita em abril de 2019, em vídeo institucional produzido pelo Instituto Oncoguia. O contexto da fala era de como escolher entre os diferentes perfis de paciente para investir "dinheiro limitado". 

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O vídeo intitulado "A complexidade do sistema de saúde e suas implicações para o paciente oncológico" foi feito para promover fórum nacional sobre oncologia. 

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Confira trecho em que Teich comenta a escolha:

"E tem uma coisa que é fundamental é: como você tem um dinheiro limitado, você vai ter que fazer escolhas. Então você vai ter que definir onde você vai investir. Então, sei lá, eu tenho uma pessoa que é mais idosa, que tem uma doença crônica avançada, ela teve uma complicação. Para ela melhorar, eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar para investir num adolescente que está com um problema. O mesmo dinheiro que eu vou investir é igual. Só que essa pessoa é um adolescente que vai ter a vida inteira pela frente e o outro é uma pessoa idosa que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?".

Formado em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e especialista pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), Teich mantém boas relações com empresários do setor da saúde e tem apoio da classe médica. O oncologista já escreveu artigos em que defende o isolamento horizontal e aponta fragilidades do isolamento vertical - modelo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Após ser anunciado como novo ministro, no entanto, ele chegou a declarar que havia um "alinhamento completo" entre ele e o presidente. Teich também afirmou que saúde e economia devem se complementar, sem existir "polarização" e que "não vai haver qualquer definição brusca do que vai acontecer".

Após demissão de Luiz Henrique Mandetta e anúncio do sucessor, Bolsonaro reiterou apoio a flexibilização do isolamento e reforçou posicionamento contra decretos estaduais determinados por governadores do Brasil.

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