Participamos do

Após Tasso, Ciro elogia recuo de Camilo e diz que "baronato do Ceará fez pressão violenta" por normalização das atividades

Pedetista avalia que aliado cometeria "grave erro" se não tivesse revisto posição

O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) elogiou nesta quinta-feira, 9, o aliado e governador do Ceará, Camilo Santana (PT), em razão da retomada de posição pelo petista em relação às medidas de isolamento. Ele havia as flexibilizado na madrugada do último domingo. O relaxamento das regras seria um “grave erro”, segundo interpreta o líder do grupo político do qual Camilo é membro. A medida do governador fazia concessões a vários setores como, por exemplo, o da construção civil, o industrial, e permitia a reabertura de feiras de alimentos e de partes do comércio.


“Aqui, o baronato do Ceará fez uma pressão violenta, e o governador chegou a fragilizar a contenção e, felizmente, viu que era um erro grave e voltou atrás”, afirmou o ex-governador em entrevista ao portal de notícias UOL, transmitida ao vivo via YouTube.


Conforme publicado por O POVO, Camilo voltou atrás da posição após pressão da equipe do comitê interpoderes de enfrentamento do novo coronavírus.  O “baronato” ao qual Ciro se refere atende pelos nomes das lideranças do setor produtivo do Estado que comandam entidades representativas. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, já havia enfatizado ao O POVO que a administração estadual atendeu tanto quanto possível reivindicações do empresariado local.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine


Ainda segundo secretário relatou, no último dia 27 estavam representadas em reunião com o Abolição a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), da Federação do Comércio, da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação de Materiais de Construção.


O reconhecimento de Ciro se soma ao do antigo e ex-aliado, o senador cearense Tasso Jereissati (PSDB). Apesar de empresário, o também ex-governador tucano foi das primeiras vozes a se insurgir contra o conjunto de medidas àquele momento adotado por Camilo. 

Boa relação com o "baronato"

O termo comumente utilizado por Ciro Gomes para se referir às camadas financeiramente mais altas da sociedade abarca, porém, pessoas com quem ele guarda diálogo. O ex-presidente da Fiec, Beto Studart, inclusive, é apoiador do aliado de Ciro, Camilo Santana, no plano local, embora bolsonarista a nível nacional. Além disso, Studart apoiou com recursos as campanhas de deputados estaduais do PDT.

À campanha de Evandro Leitão (PDT), de acordo com números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jorge Alberto Vieira Studart Gomes, o Beto Studart, doou R$ 50 mil, valor que o coloca na condição de principal apoiador financeiro da campanha do 1º secretário da Casa. O próprio Evandro figura em segundo colocado.

Já a campanha do primo de Ciro, Tin Gomes (PDT), Studart apoiou com R$145 mil. O segundo maior doador, assim como ocorre na análise dos números de Evandro, é o próprio Tin.


Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar