Bolsonaro usará mil dias de governo para recuperar popularidade pelo Nordeste

A partir desta terça-feira, 28, objetivo do presidente é usar marco para tentar recuperar popularidade nas cinco regiões do Brasil. Confirmação da agenda ainda depende dos resultados dos testes de Covid.

No momento de intensa reprovação ao governo desde que assumiu a presidência da República em 2019, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) organiza uma série de viagens pelo Brasil para comemorar a semana em que completa mil dias de mandato. Através da entrega de obras, entre elas uma hidrelétrica, o objetivo do mandatário é percorrer todas as cinco regiões do País. A informação é da Folha de S.Paulo. 

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A partir da terça-feira, 28, até o dia 1º de outubro, sexta-feira, Bolsonaro deve realizar visitas ao Nordeste, Norte, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. As duas últimas regiões serão visitadas no mesmo dia pelo presidente, na sexta.

A confirmação da agenda, porém, ainda aguarda o resultado dos testes de Covid-19 que ele deve realizar neste fim de semana. O exame deve-se ao teste positivo do ministro Marcelo Queiroga (Saúde) em Nova Iorque, durante a Assembleia Geral da ONU. Caso o resultado seja negativo, o mandatário poderá abandonar o isolamento e se dedicar ao projeto. 

A série de eventos e viagens buscam recuperar grande parte da popularidade de Bolsonaro, em declínio nos últimos meses. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na última semana, 53% da população considera a gestão do presidente ruim ou péssima, um novo recorde.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 a 15 de setembro, quando o instituto ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios de todo o País. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

 

A ideia do governo é que Bolsonaro visite ao menos uma cidade de cada região e participe por videoconferência de inaugurações populares. Durante as viagens, além dos eventos de lançamento de obras, o chefe do Executivo nacional pretende conceder entrevistas a rádios locais. A ação faz parte da nova estratégia de comunicação presidencial.

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A orientação é que o presidente participe de eventos mais populares e vistos, como inaugurações de hidrelétrica ou rodovias. Porém, a escolha da agenda e das cidades caberá ao próprio Bolsonaro. Auxiliares do presidente afirmam que o chamado "entregaço" já estava sendo organizado há pelo menos quatro meses. 

No planejamento, estão eventos que envolvem o Ministério da Defesa até a Saúde, Educação, Desenvolvimento Regional, Ciência e Tecnologia e Infraestrutura, etc. A lista de obras a serem entregues ainda não foi concluída, mas a expectativa é que sejam anexados atos de assinatura de concessão de aeroportos e rodovias, além da liberação de trechos duplicados em estradas.

A grande preocupação do Planalto também deve-se aos resultados da última pesquisa eleitoral Datafolha que traz o o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como favorito na disputa para 2022. O petista acumula intenções de voto entre 42% e 46% no primeiro turno. Logo atrás vem o atual mandatário, Jair Bolsonaro (sem partido), com preferência entre 25 e 26%.

Além disso, a pesquisa também revelou que Bolsonaro segue sendo o pré-candidato com maior rejeição nas eleições de 2022. Segundo o levantamento, 17, 59% dos entrevistados não votariam no mandatário de forma alguma.

 

 

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