FDR lança peça do dramaturgo Luiz Marinho na Bienal de Pernambuco
Na XV Bienal do Livro de Pernambuco, Edições Demócrito Rocha lança obra do escritor pernambucano que completaria 100 anos em 2026
14:43 | Set. 29, 2025
Marcada para acontecer de 3 a 12 de outubro, a XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco chega à nova edição no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Nesta edição, as Edições Demócrito Rocha (EDR) marcam presença no evento homenageando o dramaturgo pernambucano Luiz Marinho (1926-2002), que, se estivesse vivo, completaria 100 anos em 2026.
Na ocasião, as peças gráficas do estande da FDR/O POVO seguem a temática do autor. Ele também é homenageado em um painel na sexta-feira, dia 10 de outubro, no Palco Sesc Além das Letras.
Participam do debate Anco Márcio, professor de Teoria Literária da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador de sua obra, e filhos do dramaturgo, a exemplo de Joaquim, Carolina, Catarina e Chico Marinho, jornalista e editor executivo do Núcleo de Imagem do O POVO.
FDR lança "Foi um dia..." durante Bienal
Além disso, no dia 10 de outubro, as Edições Demócrito Rocha (EDR) realizam o lançamento da obra literária "Foi um dia…", que preserva o texto original da peça homônima. Na edição, o livro ganha ilustrações do artista pernambucano Hugo Melo, que faz um "tributo visual ao movimento armorial".
"Temos o teatro como uma forma de trazer a dramaturgia da literatura em ação. É uma forma de sentir a literatura, de sentir a palavra no palco", descreve Deglaucy Teixeira, gerente educacional da FDR.
O livro é uma peça em dois atos em estado de fábula, que resgata a força da tradição oral e a magia do teatro popular.
Relembre a trajetória do dramaturgo Luiz Marinho
Nascido em 8 de maio de 1926, em Timbaúba (PE), o dramaturgo Luiz Marinho procurava mostrar em suas obras o universo social e cultural do Nordeste, retratando em livros e peças de teatro suas vivências da infância e adolescência no interior de Pernambuco.
O universo que retratava, com personagens e costumes de violeiros, vaqueiros e cangaceiros, o identificava como um autor regionalista, com traços de existencialismo e obras destinadas ao público infantil.
Ao longo de sua trajetória, Luiz Marinho produziu 14 peças teatrais e conquistou importantes prêmios, como o Molière, além de reconhecimentos da Academia Brasileira de Letras (ABL), da Academia Pernambucana de Letras e do Estado da Guanabara.
Entre as principais obras estão "Um sábado em 30", "Viva o Cordão Encarnado", "A Derradeira Ceia", "A Incelença" e "A Valsa do Diabo".
(Colaborou Miguel Araujo/O POVO)