'Nunca fui tão feliz em um set', diz Gero Camilo sobre 'Papagaios'

'Nunca fui tão feliz em um set', diz Gero Camilo sobre 'Papagaios'

Cearense conquistou Kikito de Melhor Ator no Festival de Gramado com crítica bem-humorada à fama instantânea

O ator, dramaturgo e poeta cearense Gero Camilo, natural de Fortaleza, brilhou no palco do Palácio dos Festivais no encerramento do 53º Festival de Cinema de Gramado.

Ele foi premiado com o Kikito de Melhor Ator no domingo, 23, pela atuação no longa-metragem "Papagaios", de Douglas Soares.

O longa-metragem recebeu também os Kikitos de Melhor Direção de Arte, para Elsa Romero; e Melhor Desenho de Som para Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes. 

Pelo voto do público, o longa conquistou o prêmio de Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri Popular, um verdadeiro coro coletivo de aplausos nas telonas.

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Trajetória de Gero Camilo: do Ceará aos palcos do Brasil

Nascido em Fortaleza em 18 de dezembro de 1970, Gero Camilo, nome artístico de Paulo Rogério da Silva, iniciou sua formação artística aos 19 anos, no Theatro José de Alencar (TJA). 

Depois, ingressou na Escola de Arte Dramática da USP, em São Paulo, onde consolidou suas múltiplas vertentes como ator, dramaturgo, poeta e músico.

O talento nos palcos se revelou desde cedo em monólogos como "A Procissão", em 1998, e "Aldeotas", em 2004, ambas autorais.

Paralelamente, construiu trajetória no cinema nacional com filmes como "Bicho de Sete Cabeças" (2000), "Carandiru" (2003), "Narradores de Javé" (2003), "Cidade de Deus" (2002) e outros.

Além da atuação, Gero também enveredou pela música ao lançar os discos "Canções de Invento" e "Megatamainho"

“Papagaios”: uma comédia tragicômica com olhar inédito

Dirigido por Douglas Soares, "Papagaios" destaca-se como o primeiro longa de ficção do diretor, que se dedicava anteriormente a documentários.

A trama orbita ao redor de Tunico, interpretado por Gero Camilo, e explora o universo dos “papagaios de pirata”, personagens que surgem atrás de repórteres em busca de um momento de visibilidade na televisão.

A comédia é construída com humor ácido e pitadas de melancolia. O longa, definido como uma “tragicomédia policial” ou thriller tragicômico, mistura humor e tensão ao desenvolver a relação entre Tunico e Beto, interpretado por Ruan Aguiar, que se torna aprendiz e peça-chave na escalada da história.

Exibido em Gramado, o filme foi saudado pela crítica e público. Gero chegou a confessar que já considerava abandonar o cinema antes de fazer esse trabalho, mas reencontrou sua paixão no “olhar de sonhador” do diretor. Segundo ele, “nunca foi tão feliz em um set”.

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