Rosto de Juliette incha após uso de "esperma de salmão"; substância tem restrições no Brasil
A repercussão em torno da origem do ativo gerou dúvidas e comentários nas redes. Juliette diz que o inchaço foi provocado por outros procedimentos estéticos
A cantora, advogada, maquiadora, influenciadora e ex-BBB Juliette apareceu nas redes sociais com o rosto visivelmente inchado após realizar procedimentos estéticos. Um dos produtos utilizados durante o tratamento foi o PDRN (polidesoxirribonucleotídeo), uma substância extraída do esperma de salmão, que tem sido usada em cosméticos com a promessa de estimular a regeneração da pele.
A repercussão em torno da origem do ativo gerou dúvidas e comentários nas redes sociais. Em resposta, Juliette esclareceu, por meio de vídeos nos stories do Instagram, que não fez aplicações injetáveis com o PDRN.
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Segundo ela, a substância foi aplicada somente de forma tópica, como um creme, e o inchaço no rosto foi resultado de outros procedimentos realizados no mesmo dia.
“Fiz o bioestimulador de colágeno, que é aquele que injeta. Eu já tinha feito no abdômen, já tinha feito em vários lugares. É uma substância que estimula o colágeno. E fiz o CO₂, que é um laser que é bem abrasivo, que eu mostrei pra vocês. Fiz essas duas coisas. Depois, tem uma substância que passa como se fosse um creminho, que chama PDRN. Ela é um ativo extraído do esperma de salmão. Assim como vários outros produtos ativos cosméticos, são extraídos de plantas, de animais, de algas”, explicou a artista.
O que é o PDRN?
O PDRN é um DNA extraído de espermatozoides de salmão. Um estudo publicado em 2020 na revista Nature, uma das mais respeitadas da Ciência, indica que o ativo pode auxiliar na cicatrização de feridas e na regeneração celular em pacientes com doenças como diabetes, mas não abordou usos estéticos.
A substância tem ganhado espaço na indústria cosmética com a promessa de promover rejuvenescimento da pele.
No entanto, segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), não há comprovação científica robusta sobre sua eficácia em tratamentos estéticos.
Qual é autorização do PDRN no Brasil?
No Brasil, o uso do PDRN é autorizado pela Anvisa somente como cosmético, ou seja, em produtos de uso tópico, que atuam na camada superficial da pele. A versão injetável da substância não é permitida.
Apesar disso, a SBD alerta que alguns estabelecimentos promovem o uso injetável de forma irregular, seja de microagulhamento ou aplicação direta da substância, o que representa risco tanto para profissionais quanto para pacientes.
Em 2024, a Anvisa chegou a suspender a comercialização de uma marca que registrava o PDRN como cosmético, mas indicava uso injetável na embalagem.
PDRN: reações adversas e cuidados
Juliette afirmou que o inchaço em seu rosto foi provocado pelos procedimentos estéticos invasivos, como o laser CO₂ e o bioestimulador de colágeno, e não pelo uso do PDRN.
Reações como inchaço, vermelhidão e descamação são comuns após intervenções invasivas.
A SBD orienta que qualquer procedimento estético seja feito com acompanhamento médico e que os pacientes verifiquem se os produtos utilizados estão devidamente registrados e aprovados pelos órgãos reguladores.