Marisa Monte pede ao TSE que tire paródias da campanha eleitoral

Marisa Monte participou da audiência pública com o TSE nesta quinta, 25, e pontuou que o uso do material artístico pode gerar uma série de associações bizarras entre personalidades

Nesta quinta, 25, durante uma audiência pública na qual disse falar em nome da classe artística, a cantora Marisa Monte pediu ao TSE que o tribunal adote uma regra que torne possível artistas proibirem o uso de suas obras por candidatos durante as eleições que ocorrem em outubro deste ano.

A cantora pontuou que o uso do material artístico pode gerar uma série de associações bizarras entre personalidades, ideologias e candidatos e frisou que isso era uma “clara violação moral para os autores”.

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"Isso para mim é uma tortura moral, psicológica, e venho aqui expressar essa preocupação da classe. A nossa sugestão é que seja direito do autor impedir que sua obra seja usada através de paródia em jingles eleitorais", afirmou a compositora que participou da audiência pública na condição de cidadã.

Ainda durante sua fala, a artista afirmou que se sente “violentada” com a possibilidade de ter uma obra sua usada “compulsoriamente”, “adulterada” numa campanha política.

“Eu tenho 35 anos de carreira, eu nunca declarei um voto, eu nunca apoiei publicamente um candidato. Eu faço questão de deixar sempre claro meus valores. É a forma de informar o meu público quanto as minhas preferências, e eu me sinto violentada com a possibilidade de ter a minha obra usada compulsoriamente, adulterada. Ainda mais com as possibilidades que inteligência artificial vai trazer, numa campanha política eleitoral”, declarou.

Também presente na audiência, a empresária e esposa de Caetano Veloso, Paula Lavigne, pediu que o TSE deixe claro nas instruções o que é e o que não é permitido a artistas em eventos de arrecadação de recursos para candidatos.

As sugestões foram recolhidas pela relatora, a ministra Cármen Lúcia, e serão analisadas pela equipe técnica do tribunal.

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