Análise: game Firewall Ultra varia entre potenciais e limitações

Entre potenciais e limitações, game Firewall Ultra brilha em aspectos visuais e de interatividade, mas tropeça em controles e conteúdo

"Firewall Ultra", para o PlayStation VR, promete elevar o nível dos jogos de RV. Ao iniciar, somos apresentados a um tutorial em um cenário de treinamento militar, que nos ensina a mirar, lançar granadas e se mover pelo ambiente virtual. A experiência inicial impressiona pela fluidez dos movimentos e pela integração com o PSVR Aim Controller, um dispositivo que potencializa a jogabilidade.

Os gráficos de "Firewall Ultra" são de alta qualidade, proporcionando uma sensação de realismo que mantém o jogador imerso. As nuances visuais, desde a iluminação até os detalhes dos cenários, demonstram o esmero da produção. Contudo, em termos de som, embora claro, não se destacou como elemento memorável ou inovador. A sonoridade cumpre seu papel, mas não chega a ser um diferencial.

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A narrativa de "Firewall Ultra" é direta, centrada em missões táticas. Há uma reminiscência de títulos consagrados como "Call of Duty" e "Counter Strike", especialmente no modo PVP, que se assemelha ao clássico "Search and Destroy". No entanto, apesar das semelhanças com estes gigantes dos games, Firewall Ultra não se aprofunda tanto em história ou personagens.

Em termos de rejogabilidade, o jogo apresenta uma dualidade. Por um lado, a dinâmica PVE e PVP com suporte para até quatro jogadores mantém o engajamento e desafia as habilidades do jogador. Por outro, uma limitação de modos e a falta de variedade em alguns momentos podem reduzir o interesse em retornar ao jogo repetidas vezes.

A jogabilidade, em sua maioria, é intuitiva e satisfatória. A sensação das armas, a física das granadas e a maneira como o jogo lida com o lançamento destas, evitando as falhas comuns em outros jogos de RV, são pontos altos. No entanto, a ausência de uma opção manual de recarga, algo que muitos veem como uma das grandes vantagens da realidade virtual, pode ser estranha para alguns. Em vez de gestos realistas, o jogo opta por um simples botão de recarga. Dependendo do jogador, isso pode ser um acerto ou uma falha.

Porém, nem tudo é perfeito em "Firewall Ultra". Enfrentamos desafios ao tentar entrar em partidas online, e o sistema de menu, composto por hexágonos, pode confundir. A monetização e o sistema de progressão do jogo também levantam preocupações. A necessidade de completar desafios para adquirir novas armas e o sistema de compra única, em vez de acesso permanente, geram um sentimento de grind desnecessário.

"Firewall Ultra" tem potencial, mas é ofuscado por suas limitações. O jogo brilha em alguns aspectos, como o rastreamento ocular e a interatividade, mas tropeça em outros, como a falta de conteúdo e os desafios de controle. Para aqueles novos no mundo dos games, é um título intrigante, mas com ressalvas. A esperança é que, com atualizações futuras, ele possa atender às expectativas elevadas que definiu para si mesmo.

"Firewall Ultra" está disponível exclusivamente para o Playstation 5 e só funciona quando conectado ao PSVR 2.

Davi Rocha (@davidobacon), apresentador do podcast A Semana em Jogo, do O Povo. Escute a um episódio sobre este assunto no player abaixo:


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