Rita Lee: Lula, Elmano, Sarto e outros políticos lamentam morte

Artista, que morreu aos 75 anos, deixa legado na música e segue influenciando diferentes gerações. Seu falecimento repercute nas redes sociais e políticos se juntam ao luto

Após a confirmação do falecimento de Rita Lee nesta terça-feira, 9, políticos usam as redes sociais para lamentar a morte da cantora. Eles se unem a artistas, que também vem manifestando luto desde a confirmação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que Rita foi "uma artista à frente do seu tempo". Ele falou diretamente aos familiares da cantora. "Meu abraço fraterno aos filhos Beto, João e Antônio, familiares e amigos. Rita, agora falta você."

“O Brasil se despede hoje de um ícone do rock nacional. Em 60 anos de carreira, Rita Lee foi referência na música e na luta pela independência feminina. Meus sentimentos de pesar a todos os familiares, amigos e fãs” disse o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT).

O prefeito de Fortaleza, José Sarto, publicou uma foto da cantora e a legenda "Estrela do rock, Rita Lee cantou a liberdade, foi símbolo da afirmação feminina e, com sua musicalidade, questionou as normas, tornou-se ícone cultural do nosso País"

 
 
 
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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participava de uma audiência no Senado quando recebeu a notícia. "O legado de Rita Lee tem um lugar nessa construção da cultura do Brasil, especial para nós da área musical". A ministra pediu então um minuto de silêncio na comissão, em memória da cantora e do ex-deputado federal David Miranda, também falecido hoje.

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, chamou de dolorosa a morte. “Deixou canções maravilhosas que vão ficar eternizadas pela composição forte e irreverente e que inspiram muitas mulheres. Vai fazer muita falta. Daqui estaremos vendo sua estrela brilhando no céu ao lado de tantos outros artistas que se foram nos últimos tempos".

"Que dia triste. Que perda. Rita Lee, rainha do rock brasileiro presente! Descanse em paz!", disse Erika Hilton, deputada federal pelo Psol em São Paulo e vereadora mais votada do Brasil em 2020, também se manifestou.

Rita Lee: relembre a carreira da cantora

Nascida em 31 de dezembro de 1947, Rita Lee começou a trajetória artística ainda nos anos 1960. A primeira experiência da artista foi com o grupo musical feminino Teenage Singers, em 1963. O grupo, formado com amigas, se juntou ao trio masculino Wooden Faces. A junção dos grupos foi a gênese da banda Os Mutantes, formada por Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, que marcou o início do renome da artista. 

O grupo marcou a música brasileira com canções como "A Minha Menina" e "Ando Meio Desligado", essa última composta por Rita e os parceiros. Já nos anos 1970, ao lado da banda Tutti Frutti, a artista lançou algumas das principais canções da carreira, como "Agora só Falta Você""Fruto Proibido".

O período ficou marcado pelo início da relação amorosa entre Rita e Roberto de Carvalho, além de problemas enfrentados por ela em meio à ditadura militar. A artista chegou a ser presa por porte de maconha na época, o que afetou a carreira musical.

Ainda nos anos 1970, retorna à música em turnê com Gilberto Gil, intitulada "Refestança", e lança com a Tutti Frutti o álbum "Babilônia". Da vertente do rock e da experimentação, Rita foi se aproximando de uma linguagem mais pop, inaugurada pelo álbum "Rita Lee" (1979), também conhecido como "Mania de Você".

Rita Lee: Fase pop

O início da exploração de uma nova sonoridade veio a partir do início de outra parceria, a musical com o marido Roberto de Carvalho. O disco de 1979 que marca essa "estreia" traz sucessos reconhecidos até hoje, como "Mania de Você", "Chega Mais" e "Doce Vampiro".

Os anos 1980 seguiram marcados por músicas populares na carreira da artista, incluindo hits como "Lança Perfume", "Baila Comigo", "Mutante", "Desculpe o Auê" "Flagra"e "Flerte Fatal". Já nos anos 1990, a artista teve série de canções em novelas da TV Globo. "Vítima" foi tema de abertura de "A Próxima Vítima" (1995), enquanto "Dona Doida" foi usada em "Zazá" (1997).

Ainda no final dos anos 1990, foi lançado o "Acústico MTV - Rita Lee" (1998), que traz participações de Milton Nascimento, Titãs, Paula Toller e Cássia Eller. Já no começo dos anos 2000, o álbum "3001" (2000) ficou marcado pelos singles "Erva Venenosa" e "Pagu". Outro sucesso da época foi "Amor e Sexo", do disco "Balacobaco" (2003).

O último disco de Rita Lee foi "Reza", lançado em 2012, reconhecido pela música-título. Na época, a cantora anunciou que se aposentaria dos palcos, "mas da música nunca", por questões físicas. Já a última canção da artista foi "Change", lançada em 2021. 

Rita Lee: Outras linguagens

Além da música, Rita Lee também se destacou ao longo da carreira por obras de outras linguagens, além de participações na TV. A partir de 2002, por exemplo, a artista passou a ser parte do elenco de debatedoras do programa "Saia Justa", da GNT, com a escritora Fernanda Young, a atriz Marisa Orth e a jornalista Mônica Waldvogel. Vídeos da época circulam ainda hoje nas redes sociais.

Além disso, o próprio Twitter da artista seguiu sendo referenciado na internet, muito a partir do humor e dos comentários sinceros que Rita fazia na conta pessoal.

Em 2016, a artista lançou "Rita Lee: uma autobiografia", obra que se tornou um sucesso de público. Na publicação, ela compartilha série de memórias da vida e carreira. Há dois meses, em março de 2023, foi anunciado o lançamento de "Rita Lee: outra autobiografia". Com lançamento previsto para 22 de maio, a obra narra detalhes do tratamento dela contra o câncer de pulmão.

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