Inspirado no mar e no sol, Gabriel Elias fala sobre o disco "Várias Ondas"

Gabriel Elias, cantor e compositor brasileiro, inspirado sobretudo pelos gêneros de MPB e folk, iniciou sua paixão pela música aos oito anos de idade por influência de seu pai. Hoje, com mais de 500 milhões de streamings nos aplicativos de música, o artista já acumula apresentações com grandes cantores de seu nicho como Jason Mraz, Soja e Donavon Frankenreiter, além shows em grandes festivais do Brasil como Planeta Atlântida, Planeta Brasil e Rock in Rio.

Aos 16 anos, começou a sua carreira como artista, cantando e tocando em bares e eventos de sua cidade, Belo Horizonte (MG). Com isso, passou a ganhar visibilidade ao publicar vídeos de covers em seu canal no Youtube, como o da música “Mulher”, do rapper Projota. Influenciado pelo reggae dos anos 2000, ele produz suas canções autorais, cheias de menções ao sol, à praia, à areia e ao mar.

Em entrevista ao Vida&Arte, Gabriel comenta o porquê de compor e cantar, em sua grande maioria, músicas leves. “Minha mãe sempre me falava que as palavras tinham muito poder. Então, se eu coloco algo negativo na minha música, além de eu estar cantando aquilo várias vezes, eu tô passando pra maior galera que também vai projetar a mensagem. Isso foi uma das paradas chaves da minha vida musical, só coloco coisas que vão me jogar pra frente”, afirma ele.

Discografia

Em 2016, o cantor lançou seu álbum de estreia, “Solar”, com 12 faixas. Em 2018, lançou três EPs destinados às estações do ano Primavera, Inverno e Outono, transformados no disco “4 Estações”, de 2019. Ganhou notoriedade com a canção "Pequena Flor", que alcançou a parada das músicas mais tocadas no Brasil, sendo, também, tema da novela "As Aventuras de Poliana", do SBT. Em 2020, foi a vez do álbum “Música Pra Curar Brasileira”, produzido em seu estúdio, em casa, contendo singles como "Fruta Doce", "Pensamentos Soltos" e "Somos Instantes", com participação de Vitor Kley.

Este ano, Gabriel anuncia o disco “Várias Ondas” repleto de novas parcerias e com singles lançados separadamente. Seu primeiro lançamento se deu no início de julho com a faixa “Doideira”, misturando reggae, MPB e toques de lo-fi; produzida pelo próprio artista em parceria com Renato Galozzi. Com gêneros musicais distintos, o cantor promete não perder sua essência e trazer o romantismo inspirado pelo barulho do mar.

“Lançar uma música é um processo que eu e minha equipe temos muito cuidado, para não banalizar os lançamentos. Afinal é algo que fica pra sempre. ‘Doideira’ foi a primeira faixa de um disco que é repleto de participações, são 10 músicas e oito participações. Vamos lançar música por música para valorizar o processo de cada uma delas”, diz ele.

Rodando o Brasil

Além de seus lançamentos musicais, Gabriel Elias apresenta seu próprio programa de turismo. Com o nome “De Praia em Praia”, o projeto nasce com um compromisso duplo: contar a história do cantor a partir de sua relação com a praia e, principalmente, levar informação para quem deseja visitar os locais. O programa, com foco em viagens que passará por paraísos naturais do estado da Bahia e está sendo disponibilizado semanalmente no canal oficial do cantor no Youtube.

“A gente viaja por vários paraísos, um trabalho muito difícil por sinal. Mas, é algo de conexão, de olho no olho. São as minhas sensações nesses lugares. Além disso, o programa é um portal para as pessoas que vivem nesses ambientes contarem suas vivências. É super especial e eu fiz muitos amigos”, diz ele.

Elias acrescenta ainda que seu maior sonho, atualmente, é que novos artistas possam conseguir seu espaço independente de fatores externos. “Eu sonho que a música possa continuar sendo a principal fonte. Óbvio que as coisas mudam, estamos em uma era tik tok por exemplo. Mas o meu sonho, é que não seja necessário alguém fazer uma dancinha pra poder viver da música. Eu não demonizo isso, afinal acontece desde os anos 1990 com É o Tchan, só não tinha tik tok. O que eu desejo, é que conforme o tempo vá passando, ainda exista espaço para todo mundo no ramo musical”, conclui ele.

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