Artistas cearenses participam de exposição internacional da Espanha

Oito artistas cearenses terão seus trabalhos em evidência na edição 2022 da exposição do Museari Queer Art, que acontecerá em junho na Espanha

A mostra Imaginários Queer reúne sete trabalhos de artistas cearenses envolvidos em questões queer (dissidências de gênero, sexualidade, corporalidade) na edição 2022 da exposição presencial do Museari Queer Art. O evento acontecerá no dia 17 de junho, em celebração ao Mês do Orgulho LGBTQIA+, no Museo de Bellas Artes de Xàtiva em Valência, Espanha.

O Museari Queer Art tem como intenção pensar a arte criada a partir de poéticas, corpos e vidas LGBTQIA+. “A proposta do museu é pensar em outros processos de museologias e em outras histórias que podem e devem ser guardadas, criadas e imaginadas além da heterossexualidade e dos corpos cis”, afirma Eduardo Bruno, curador da mostra juntamente com Waldirio Castro.

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O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. Por esse motivo, Eduardo também ressalta a importância dessa exposição: “O Mês do Orgulho serve para a gente entender que, mesmo com a violência no Brasil e no mundo, nós estamos vivos e vivas. Então ter essa produção local circulando é também afirmar essas vidas".

 

Os artistas

João Paulo Lima: artista-performer-educador e escritor que apresenta um vídeo-performance sobre o corpo e seus desejos. As cenas abordam cenas empoderadas do corpo de uma pessoa com deficiência.

Filipe Alves: artista visual que apresenta um estandarte em tecido sobre o Santo das Graças Não Atendidas (criado pelo artista) e orações que são distribuídas aos moradores de uma rua da cidade de Nova Olinda, no Ceará.

Rhamon Matarazzo: artista e historiador soropositivo apresenta o vídeo-performance “Paz no Futuro e Glória no Passado” em que canta o hino do Brasil entre gargalhadas para criticar a atual situação política e de saúde pública do país.

Cauê Henrique: Fotógrafo, desenhista, colagista e artista visual que reside no Cariri. “Cyborgue” é o nome de seu trabalho de fotografias, que aborda a relação entre os processos de construção de gênero e a relação entre fármaco, acessórios, próteses e maquinários.

Aires: travesti licenciada em Teatro pela UFC, expõe, em tecidos costurados, fotos de sua infância que a ajudam a entender sua sexualidade e identidade de gênero. "Suturar fotos na tentativa imaginativa de costurar as feridas de uma infância”, define a artista sobre seu trabalho.

Terroristas Del Amor: coletivo formado em 2018 pelas artistas Dhiovana Barroso e Marissa Noana, o trabalho “Terraaterra” que elas apresentam é uma bandeira construída a partir de memórias e simbologias. A intenção é criar a representação de um futuro seguro para as mulheres.

Marília Oliveira: doutora em artes visuais e mestre em comunicação, a cearense apresenta o trabalho “Remissão”, que são retratos de 153 situações de assédio que a artista passou no período de seis meses. Para representar cada uma dessas violências, a artista fotografou pedras sob seu corpo. Dois desses retratos estarão na exposição.

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