Vincent Lindon, polêmico ator francês, presidirá júri do Festival de Cannes

Além de Lindon, o júri será composto por oito pessoas, quatro homens e quatro mulheres. Entre eles estão Rebecca Hall, Jasmine Trinca, Asghar Farhadi e Jeff Nichols

Três semanas após seu 75º aniversário, o Festival Internacional de Cine de Cannes anunciou nesta terça-feira, 26, a composição de seu júri, que será presidido pelo francês Vincent Lindon, premiado em 2015 como melhor ator e que teve enorme repercussão com "Titane", o filme vencedor da Palma de Ouro em 2021.

O ator, de 62 anos, assume o lugar do roteirista e diretor Spike Lee, que, com seu juri, concedeu o prêmio máximo do circuito ao filme de Julia Ducourneau em julho de 2021. "É com imensa honra e um orgulho muito grande que me concederam, em meio ao tumulto dos acontecimentos em que estamos vivendo no mundo, a esplêndida e pesada tarefa de presidir o júri" do festival, disse Lindon, citado no comunicado da organização.

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O circuito, no qual concorrem 21 filmes a Palma de Ouro, acontecerá entre 17 e 28 de maio na cidade costeira de Cannes, sudeste da França. Para a presidência deste ano, alguns veículos de imprensa do setor apostaram na atriz espanhola Penélope Cruz ou na francesa Marion Cotillard.

Nenhuma personalidade francesa havia ocupado uma vaga no júri desde a icônica atriz Isabelle Huppert em 2009. Ao eleger Lindon, o Festival aposta em alguém fiel a Cannes: desde 1987, o ator esteve presente em nove filmes competidores.

"Missão: comover"

Além de Lindon, o júri será composto por oito pessoas, quatro homens e quatro mulheres. Entre eles estão a atriz e diretora britânica Rebecca Hall (que atuou em "Vicky Christina Barcelona"), a atriz indiana Deepika Padukone, a atriz sueca Noomi Rapace, a diretora e atriz italiana Jasmine Trinca, o diretor iraniano Asghar Farhadi (que ganhou o Grande Prêmio do Júri do circuito com "Um herói" em 2021), o diretor francês Ladj Ly, o diretor americano Jeff Nichols e o diretor norueguês Joachim Trier.

"Com meu júri, nos esforçaremos para cuidar o melhor possível dos filmes do futuro, que guardam o mesmo segredo da esperança, valor, lealdade e liberdade; cuja a missão é comover ao maior número de mulheres e homens falando de suas feridas e alegrias comuns", enfatizou Lindon. "A cultura ajuda a alma humana a se elevar e a ter esperança no amanhã", garantiu.

Este ano, o cineasta espanhol Albert Serra competirá com seu filme "Tourment sur les Îles" ('Bora Bora'). O catalão de 46 anos (autor em 2016 de "A morte de Luis XIV", com Jean-Pierre Léaud no papel do soberano moribundo" testará sua sorte com uma história de amor, escrita e protagonizada pelo ator francês Benoît Magimel.

Também concorrem à Palma de Ouro, o mestre do cinema canadense de terror e ficção científica David Cronenberg, o diretor americano James Gray e a diretora francesa Claire Denis. Mais de 2.000 filmes foram apresentados para a seleção oficial.

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