Seis filmes para conhecer a obra do cineasta Arnaldo Jabor

O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, que faleceu nesta terça-feira, 15 de fevereiro, deixou importantes trabalhos no cinema

Arnaldo Jabor, que faleceu nesta terça-feira, 15 de fevereiro, por complicações de um AVC, era conhecido por trabalhar como cineasta e comentarista político. Com filmes repletos de críticas sociais, foi um dos diretores da geração do Cinema Novo.

Na segunda metade do século 20, o movimento cinematográfico se contrapunha às produções populares da época, compostas por comédias e musicais no padrão de Hollywood. O cinema novo, que teve Glauber Rocha como um de seus principais precursores, criticava questões brasileiras, como as desigualdades sociais, a pobreza e o racismo.

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Durante sua carreira, Arnaldo Jabor produziu oito longas-metragens, alguns premiados em festivais como o de Berlim e o de Gramado. Conheça seis de suas obras:

1 - Opinião Pública (1964)

Após alguns curtas-metragens, o primeiro longa de Arnaldo Jabor foi o documentário “A Opinião Pública”. A partir de entrevistas com membros da classe média do Rio de Janeiro, aborda temas como política e alienação. Também mostra seus pensamentos, sua vida cotidiana e seu fanatismo.

2 - Pindorama (1967)

Primeiro longa de ficção do cineasta foi realizado durante um dos períodos de maior repressão da ditadura militar. Com inspiração barroca, a história é uma alegoria que acontece em uma cidade brasileira fictícia do século XVI e explora a formação do País. “Pindorama” foi o representante do Brasil no Festival de Cannes em 1971 e disputou a Palma de Ouro.

3 - Toda Nudez Será Castigada (1973)

Baseado em peça de Nelson Rodrigues, filme tem como protagonista Herculano, um viúvo conservador que jura que nunca terá outra mulher. Ele, porém, se apaixona pela prostituta Geni e resolve se casar. Isso gera conflitos em sua família, que leva à prisão do filho de Herculano. Trama debate sobre o moralismo na sociedade brasileira e recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim.

4 - O Casamento (1978)

Também inspirado em peça de Nelson Rodrigues, longa mostra a trajetória de Sabino, um rico industrial da construção civil que mantém um amor incestuoso pela filha. A jovem Glorinha, ao descobrir que seu marido foi visto beijando outro homem, revela suas lembranças de um passado violento. Narrativa faz críticas à burguesia e expõe injustiças, adultérios e crimes.

5 - Tudo Bem (1980)

“Tudo Bem” foi considerado um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, de acordo com a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Juarez é um idoso aposentado que vive perseguido pelos fantasmas de amigos já falecidos. Em meio ao luto, além de sua esposa acreditar que ele tem uma amante, o protagonista precisa lidar com seus filhos oportunistas. Produção tem Fernanda Montenegro no elenco.

6 - A Suprema Felicidade (2010)

O último filme de Arnaldo Jabor conta a história de Paulo, um menino que celebra o fim da Segunda Guerra Mundial ao lado dos pais. Ainda jovem, precisa conviver com os problemas de ter um pai frustrado. Ao crescer, passa a frequentar a vida noturna do Rio de Janeiro e se apaixona por Deise, uma mulher misteriosa.

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