Artistas indígenas leiloam obras em NFT para ações de conservação

Naturais de Rondônia, os Paiter Suruí pretendem arrecadar fundos para adquirir drones e outras tecnologias para monitorar o próprio território e custear ações sustentáveis

Em busca de financiar a proteção de 13 mil hectares de floresta no território de Sete de Setembro e, ainda, outros projetos de conservação e sustentabilidade, o povo indígena Paiter Suruí (RO) começou um leilão de obras de arte em NFT (sigla em inglês para "token não fungível") para arrecadar recursos para os objetivos.

Cada vez mais conhecido, o NFT é, basicamente, um objeto virtual que, uma vez adquirido, vira propriedade inviolável, autêntica e rastreável de quem comprou. O mercado de venda e compra de arte no formato alcança altos valores e, a partir daí, o cacique Almir Suruí convidou artistas da comunidade e parceiros para disponibilizarem obras para o leilão.

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As obras leiloadas são tanto de indígenas Paiter Suruí quanto de apoiadores e o valor de venda de cada uma será revertido em até 95% para a causa do povo indígena.

Entre os artistas, está a fotógrafa Walelasoepilemãn Suruí — irmã de Txai Suruí, que fez discurso na conferência do clima de Glasgow em 2021 —, Moara Tupinambá e Denilson Baniwa.

Há obras em leilão que chegaram a receber lances de até R$ 6,7 mil. É possível conferi-las e fazer lances no site do Mercado Bitcoin.

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Paiter Suruí NFT leilão de NFT povos indígenas

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