"A Gata Comeu" chega ao Globoplay hoje, 7; veja entrevista com Christiane Torloni

Christiane Torloni relembra esse grande sucesso de sua carreira que chega ao projeto de resgate de clássicos da dramaturgia do Globoplay nesta segunda-feira, 7 de junho

Há 36 anos, Jô Penteado (Christiane Torloni) já vivia em “A Gata Comeu” o dilema contemporâneo de encontrar o crush ideal. E não foi por falta de tentativa: a jovem bonita, rica e um tanto mimada ficou noiva sete vezes, mas nunca se apaixonou de verdade. No entanto, uma reviravolta acontece na sua vida amorosa quando Fábio Coutinho (Nuno Leal Maia) entra em seu caminho.

Após um naufrágio, Fábio e Jô vão parar em uma ilha deserta com um grupo de pessoas e ficam presos no local durante dois meses. A convivência diária faz nascer um tumultuado romance e, ao voltarem para a casa, continuam vivendo o amor tempestuoso.

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Christiane Torloni relembra esse grande sucesso de sua carreira que chega ao projeto de resgate de clássicos da dramaturgia do Globoplay nesta segunda-feira, 7 de junho. Confira entrevista:

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- Dentre as inúmeras personagens da sua carreira, que lugar a Jô Penteado ocupa? Qual a importância dela para você como atriz?
Christiane Torloni: A Jô Penteado é a segunda protagonista que eu faço. A primeira foi Gina, da "Janete Clair", que era mais dentro das características das mocinhas, uma típica heroína. Já a Jô é uma anti-heroína, que é aquela personagem que traz toda humanidade que nós temos, com os nossos defeitos, nossos erros, nossos flagelos, nossas misérias, mas também com todas as nossas infinitas possibilidades de generosidade, empatia, amor. Então são personagens que abrem um espectro de identificação para o público que é maravilhoso, porque nós não somos perfeitos. A Jô inicia uma trajetória na minha carreira fenomenal e, quando eu falo isso, é porque ela é um fenômeno. Foi um sucesso na primeira vez que foi exibida e todas as vezes que foi reprisada, é impressionante. A gente ficou imortalizada pela enorme humanidade que ela tem. E um outro dado importante da personagem, que aparece pela primeira vez na minha carreira, é a comédia. Isso testa um pouco o ator para essa comunicabilidade para a comédia.

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- Alguma cena ou momento da novela te marcou especialmente? Qual seria?
CT: A novela é repleta de momentos inesquecíveis, mas um que particularmente me toca é o fato de, em alguns momentos, eu contracenar com a minha mãe. Coisa que raríssimamente voltou a acontecer. É um registro histórico e magnífico das duas em cena.

- Que lembranças você traz dos bastidores de gravação? Lembra de algum momento engraçado ou que tenha te emocionado?
CT: Fazíamos muitas externas na Urca e o bairro nos abraçou. As pessoas abriam suas casas para fazermos trocas de roupa, ofereciam lanchinhos, fomos muito acolhidos pela comunidade. Até hoje algumas pessoas dos inúmeros fãs clubes da novela fazem um tour pelo bairro, pelos lugares onde as cenas foram gravadas.

- Qual a característica da personagem que mais te chamou atenção?
CT: Eu sou filha de atores, fui uma das últimas caçulas da família. Então convivi muito com adultos na infância, todos eram muito mais velhos que eu, e eu me questionava sobre a minha comunicabilidade com crianças. Com a Jô eu estabeleci uma comunicação absolutamente direta e íntima com as crianças da novela e me surpreendeu muito. Ou seja, a novela me mostrou a minha criança viva, foi uma revelação para mim e a partir dali isso apareceu em outros personagens e guardo isso comigo até hoje na minha vida.

- Como você vê essa oportunidade de tantas gerações poderem revisitar essa obra e até mesmo conhecê-la através do streaming?
CT: Poder resgatar essas obras maravilhosas e disponibilizá-las para a hora que as pessoas quiserem assisti-las é maravilhoso. Antes isso era coisa para colecionador, que arquivava essas novelas em VHS, e agora todos têm a oportunidade de ver e rever esses trabalhos. É uma forma de imortalizar essas obras. Acho uma sorte viver nesse tempo em que isso é possível, das pessoas poderem matar a saudade de Jôs, Helenas, e tantas outras personagens inesquecíveis da nossa dramaturgia. É incrível essa possibilidade do passado se tornando para sempre uma coisa do presente.

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