Lélia Gonzalez terá livro publicado em setembro pela editora Zahar
O anúncio foi feito pela Editora Zahar no sábado, 25 de julho, no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
O livro “Por um feminismo afro-latino-americano”, escrito por Lélia Gonzalez (1935-1994), será publicado em setembro pela Editora Zahar. A informação foi divulgada nas redes sociais do selo da Companhia das Letras neste sábado, 25, no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Organizada por Flavia Rios e Marcia Lima, a obra conta com diversos textos produzidos pela autora entre 1979 e 1994. Nestas duas décadas, perpassa o período de redemocratização do Brasil, os anseios por meio liberdade da população, a luta pela igualdade racial nos Estados Unidos e as guerras de independência que aconteciam em países africanos.
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Em vida, Lélia Gonzalez foi professora, historiadora, antropóloga, filósofa e escritora. Militante do movimento negro e feminista, foi responsável por fundar o Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, e o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga. Participou também do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e do Olodum.
Em suas pesquisas, dedicou-se aos movimentos sociais, à luta contra o racismo estrutural e às relações de gênero e raça, em um período regido pela Ditadura Militar e, logo depois, em um cenário de um país recém-democratizado. Atualmente, é um dos símbolos do feminismo negro.
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Considerada uma das mais importantes intelectuais negras do século XX, reúne diversos escritos em sua trajetória. Além dos textos, conta com os livros “Festas Populares no Brasil” (1987) e “Lugar de Negro” (1982).
“Irreverente, interseccional, descolonial, polifônica, erudita e ao mesmo tempo popular, Lélia Gonzalez transitava da filosofia às ciências sociais, da psicanálise ao samba e aos terreiros de candomblé. Deu voz ao pretuguês, cunhou a categoria de amefricanidade, universalizou-se. Tornou-se um ícone para o feminismo negro”, afirma a postagem de divulgação no Instagram @editorazahar.
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