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Dia Mundial do Chocolate: por que comer chocolate é tão bom?

A dica para os amantes da especiaria e de seus derivados é que haja equilíbrio na hora de consumir
23:33 | Jul. 06, 2020
Autor Adriely Viana
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Tipo Notícia

Que o chocolate é uma paixão nacional, todos sabemos. Seja em doces, bolos ou outros alimentos, essa especiaria é amada e consumida diariamente por milhares de brasileiros. E como esse amor pelo chocolate não é exclusivo do Brasil, existe uma data internacional para celebrar a existência do chocolate. No dia 7 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Chocolate.

De origem asteca, o chocolate era consumido apenas na forma de bebida, por esse povo, até a chegada dos espanhóis ao México, no século XVI, quando o chocolate foi levado para a Europa e passou a ter novas formas de consumo e produção. Essa expansão chegou ao Brasil por volta do século XVII e, atualmente, o país é o 5º em maior volume de vendas do produto no varejo, de acordo com dados da Euromonitor. Em uma estimativa feita pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), o consumo de chocolate no Brasil, por pessoa, é de cerca de 2,6 kg ao ano.

Essa devoção pelo chocolate tem seu lado positivo e negativo, como aponta a nutricionista Yngrid Bandeira. “Como o chocolate é um alimento derivado do cacau, que é amplamente conhecido por seus efeitos terapêuticos e estimulantes, ele traz para o organismo diversos benefícios se consumido de forma consciente”, comenta.

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Um dos grandes pontos positivos do chocolate é ser um alimento que traz sensação de alegria e bem-estar. “Funciona assim: a semente do cacau possui compostos estimulantes do sistema nervoso central, como a teobromina, cafeína e teofilina, capazes de liberar notáveis quantidades de noradrenalina e dopamina. Que são processos bioquímicos que liberaram e estimulam essa sensação boa ao consumir o alimento. Além de ajudar na vasodilatação e no bom funcionamento cardiovascular, em doses equilibradas e indicadas por um profissional da nutrição que acompanhe a saúde do cidadão”, explica Yngrid.

Um exemplo é quando há baixa na produção de serotonina, hormônio que regula humor, sono e apetite, em mulheres que estão perto de menstruar ou na fase da tensão pré-menstrual (TPM). “Nosso organismo começa a buscar formas de aliviar essa queda e, por causa dos triptofanos contidos no cacau, o chocolate é capaz de aumentar os níveis desse hormônio que foi minimizado”.

Esse mesmo exemplo pode ser aplicado referente a homens e mulheres nesse período de quarentena devido à pandemia do novo coronavírus. “Com o aumento nos níveis de ansiedade e depressão, que foram desenvolvidos durante esse momento difícil, houve um aumento de pessoas buscando alívio das emoções por meio do chocolate”.

Apesar desses benefícios, não se pode esquecer o fato de que o chocolate como conhecemos é uma mistura de diversos outros ingredientes que podem trazer problemas se consumidos em excesso. “Para quem exagera em comer chocolate, é importante ficar atento porque esse consumo pode levar a uma alteração no perfil lipídico do consumidor, elevando suas taxas de colesterol, HDL, LDL e triglicerídeos. O que pode ocasionar dislipidemia, que é a elevação das taxas de gordura no sangue”, indica a nutricionista.

Yngrid aponta que é importante lembrar que, qualquer alimento com açúcar em sua composição, ao ser ingerido de forma constante, pode acarretar em complicações ou quadro de diabetes. “Por isso, o ideal é que sejam consumidos chocolates com teores de cacau acima de 50% para alcançar os benefícios citados anteriormente. Justamente porque os produtos com teor abaixo dessa porcentagem possuem açúcares, gorduras e leite adicionados a sua composição. O que modifica, diretamente, o valor nutricional e funcional do produto final”.

A dica da nutricionista é clara: consumo consciente é a resposta para equilibrar o desejo por chocolate e a saúde. “É essencial que os chocólatras e demais consumidores tenham um controle e um cuidado especial na hora de comer e/ou preparar suas receitas. O indicado é consumir de 30 a 40 gramas de chocolate por dia. Isso é equivale a quatro quadradinhos de uma barra, por exemplo”.

Curiosidades sobre o chocolate

A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) divulgou algumas curiosidades sobre a produção do chocolate. Confira abaixo:

Cacau não tem gosto de chocolate: a polpa do cacau in natura não tem o gosto e o cheiro característicos do chocolate. O aroma começa a ser desenvolvido na etapa de secagem da semente do fruto, mas somente já nas indústrias de chocolate, durante o processo de conchagem, é que seu sabor se consolida.

O refinamento pode levar dias: a conchagem, que é o processo de mistura, agitação e aeração do chocolate em forma líquida e aquecida, pode levar de 12 horas até dias. Esse tempo depende do tipo de produto escolhido pelo fabricante. Também é nesse processo que a textura e o sabor do chocolate são determinados.

Chocolate branco tem cacau, sim: a receita básica do chocolate branco é composta por manteiga de cacau, leite e açúcar. Apenas não há adição da torta de cacau (massa resultante da moagem), que dá a coloração e característica do chocolate preto.

Toneladas de bombons: em 2019, as caixas de bombons representaram 22% do total das 559 mil toneladas de chocolate fabricadas, sem contar achocolatado em pó. Somando achocolatado em pó, a produção total da indústria brasileira foi de 756 mil toneladas no mesmo ano.

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