Omegle: o que é, por que acabou e quais as suas polêmicas

Ao longo dos anos, o Omegle acumulou várias polêmicas. Entenda o que é o bate-papo, como funciona, por que teve decretado seu fim após 14 anos e mais

No ar há mais de 14 anos, a plataforma de bate-papo aleatório, Omegle, foi desativada nessa quarta-feira, 8. Em um comunicado publicado na página do site, o fundador Leif K-Brooks anunciou o encerramento das atividades. A função da página era conectar o usuário com estranhos de várias partes do mundo.

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No comunicado publicado, o fundador disse que a ideia do site era representar as coisas que ele “amava”. “Eu lancei o Omegle quando eu tinha 18 anos de idade, e eu ainda moro com meus pais. O site deveria representar as coisas que eu amo na internet, enquanto introduzia uma forma de espontaneidade social que eu sentia que não existia em nenhum outro lugar”, contou.

Omegle: por que acabou?

K-Brooks explicou que devido aos altos custos de manutenção do Omegle e ao combate contra possíveis casos de crime que aconteciam na plataforma, dar continuidade à plataforma se tornou insustentável financeiramente e emocionalmente.

Omegle e suas polêmicas

Ao longo dos anos, a plataforma acumulou vários relatos de uso indevido. No Brasil, o caso mais polêmico envolvendo o site foi a primeira condenação de estupro virtual.

Em 2015, um garoto de 10 anos acessou o Omegle, sozinho, e conheceu um usuário que usava o codinome “Pedro Dalsch”, de 27 anos.

O adulto, na verdade, era um predador sexual que acabou sendo preso três anos depois em Porto Alegre. Após se conhecerem no site, as conversas migraram para outras plataformas virtuais. O criminoso fazia solicitações sexuais por meio da câmera.

O advogado e promotor Júlio Almeida argumentou um caso que foi decidido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ): um homem levou uma menina com menos de 13 anos para um motel e praticou masturbação vendo a criança se despir, mas sem tocá-la. O STJ considerou estupro, entendendo que o contato físico não era mandatório para a sentença.

Em relação ao caso do estupro virtual, Almeida usou o mesmo raciocínio. “A conclusão lógica é que também se pode praticar sexo pela internet e, portanto, colocar um menor em situação de vulnerabilidade. Parece uma coisa óbvia, mas ainda não existia nenhuma condenação parecida”, disse em entrevista ao portal G1.

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