Austrália estuda veneno de aranha mortal para tratar danos ao coração

A espécie Hadronyche infensa é considerada a aranha mais mortal do mundo; pesquisas, que ainda não começaram em humanos, sugerem que substância do veneno pode regenerar células cardíacas

Um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, traz um avanço peculiar no tratamento para pacientes que sofreram infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). A pesquisa está sendo feita com o veneno de aranhas da espécie Hadronyche infensa, considerada a mais mortal do mundo.

Segundo os pesquisadores, uma substância no veneno da aranha impede que as células do coração morram após um caso grave. Geralmente, em infartos e AVCs, a região não consegue se recuperar, e os músculos cardíacos apresentam danos irreparáveis.

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As aranhas da família Atracidae, da qual a H. infensa faz parte, são todas originárias da Austrália. A espécie é encontrada apenas na ilha Fraser, no Nordeste do país.

Ela não é considerada "mais mortal" apenas pela força do seu veneno. O nome da espécie significa "agressiva", retratando o comportamento de avançar nas pessoas, em vez do habitual das aranhas, que é recuar em eventuais encontros com humanos.

O estudo foi aprovado, recentemente, para receber financiamento e continuar avançando. A expectativa é que a fase de teste em humanos comece no final de 2023. Não há previsão de chegada do remédio às farmácias.

Não é a primeira vez que venenos de animais são base de remédios para o coração. No Brasil, na década de 1960, um dos medicamentos mais populares contra a pressão alta, o Captopril, foi desenvolvido a partir das toxinas produzidas pela cobra jararaca.

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