Quaresma: período alerta para os cuidados com engasgos por espinha de peixe

Em 2021, cerca de quatro mil casos de engasgo foram registrados pelo IJF. Crianças e idosos são as principais vítimas

Durante a Quaresma, a procura e o consumo de carne de peixe aumentam. É também nesse período que cresce o número de pessoas que procuram atendimento médico para casos de engasgos por espinhas presas na garganta. Por conta disso, o Instituto Doutor José Frota (IJF), referência para o socorro às vítimas de traumas e lesões, alerta para os riscos de engasgo, ingestão ou aspiração de espinhas. Segundo a Instituição, apesar de corriqueiros, os acidentes podem causar lesões graves de laringe, faringe ou mesmo quadros de obstrução da respiração, sufocação e óbito.

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As crianças e os idosos são as principais vítimas dos engasgos. Em especial, aqueles com dificuldade de mastigação ou uso de próteses dentárias precisam de atenção redobrada. Segundo o médico endoscopista João Ximenes Filho, muitos relutam em procurar atendimento hospitalar e tentam remover o material por conta própria, podendo causar danos maiores. "A recomendação é a de uso dos talheres para separar bem a carne dos ossos e das espinhas, além de levar a refeição à boca em pequenas porções, para que a mastigação seja feita corretamente e com calma, aproveitando e experimentando o sabor e a textura do alimento”, orienta.

De acordo com o IJF, somente no ano passado, aproximadamente quatro mil pacientes foram atendidos para a identificação e, se necessário, remoção de espinhas e ossos do trato digestivo, além de objetos estranhos, como brinquedos, sementes, baterias e moedas. Em geral, os itens são engolidos ou alojados no nariz, traquéia, brônquios e canais auditivos de crianças.

O que fazer

O IJF orienta para que, em casos em que apenas um pedaço de osso ou uma espinha fiquem alojados na garganta ou na boca, deve-se manter a calma e observar a condição de respiração da vítima. Caso a queixa seja apenas de incômodo e dor na região, não deve-se tentar remover o material, tendo em vista um possível agravamento das lesões ou mesmo de deslocamento do alimento para os pulmões.

Da mesma forma, é importante não tentar "empurrar" a espinha bebendo água ou tentando engolir alimentos como banana, pão ou farinha. Essa estratégia pode, na verdade, bloquear a passagem de ar já em risco.

A recomendação principal é procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima. Tendo em vista a necessidade de anestesia para a realização de um possível procedimento endoscópico ou mesmo cirúrgico, algumas horas de jejum serão necessárias. Por conta disso, é importante a suspensão imediata da alimentação do paciente.


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