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Procura por telemedicina aumenta com casos de Covid-19 e Gripe no Ceará

Unimed Fortaleza registrou aumento de 805% nos atendimentos nos últimos 30 dias; Hapvida, por sua vez, passou de 55 mil atendimentos em dezembro de 2021 para 77 mil nas primeiras semanas de janeiro

A chegada da variante Ômicron no Ceará fez com que casos de Covid-19 explodissem no Estado, ao mesmo tempo em que iniciou uma epidemia de gripe, ocasionada pelo subtipo H3N2 da Influenza A. O cenário em que o ano passado terminou e que 2022 iniciou sobrecarregou o sistema de telemedicina devido à alta procura do serviço. A consulta online vem sendo uma alternativa para evitar a ida às emergências de hospitais durante aumento de casos de síndromes gripais.

Sistemas de saúde que utilizam o serviço de teleconsulta ou pronto atendimento de emergência a usuários de planos de saúde, como a Unimed Fortaleza e sistema Hapvida, relataram o aumento de atendimentos nas plataformas durante o fim do ano passado e começo deste ano, principalmente. Os dois grupos apontam que a alta demanda ocorre devido ao aumento de casos de Covid-19 e Gripe.

A Unimed Fortaleza informou que, no sistema de pronto atendimento de emergência, realizado no aplicativo Conecta Saúde, a rede teve um aumento de 805% nos últimos 30 dias: no período de 17 de novembro a 17 de dezembro de 2021, registrou 1.608 atendimentos; de 17 de dezembro de 2021 a 17 de janeiro de 2022, o número saltou para 14.542 atendimentos.

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O sistema Hapvida no Ceará, por sua vez, relatou que a demanda pela tele consulta eletiva, em que o beneficiário escolhe o dia e horário mais cômodo, não aumentou nos últimos 30 dias, mantendo os patamares do último mês. No entanto, no caso dos atendimentos de urgência, o mês de dezembro registrou 55.202 atendimentos e nos primeiros 17 dias de janeiro, os atendimentos foram 77.106.

O serviço de consultas online, ou telemedicina, tem modalidades de emergências e eletivas. Na primeira, a pessoa é direcionada para o atendimento médico no mesmo dia - há possibilidade de fila de espera, dependendo da demanda. Já nas eletivas, o paciente agenda um dia e horário específico para a consulta.

Segundo a Unimed Fortaleza, os usuários dos planos de saúde que a empresa atende têm relatado que o tempo de espera está em duas horas no atendimento remoto. “Todas as urgências e pronto atendimentos presenciais estão com alta demanda de atendimento por síndrome gripal, com aumento do tempo de espera”, disse a rede em nota enviada ao O POVO, na última terça-feira, 18.

No sistema Hapvida, o tempo médio para conseguir teleconsultas de urgência, em dezembro de 2021, era de 22 minutos. Em janeiro, a espera pelos atendimentos virtuais passou para 56 minutos.

A supervisora médica do serviço de Pronto Atendimento Virtual da Unimed Fortaleza, Danielle Leite, explica que os benefícios do serviço são garantir mais conforto e segurança para o paciente. “O grande benefício do Pronto Atendimento Virtual está em garantir mais conforto e segurança a quem precisa de atendimento médico especializado, uma vez que o paciente pode ser consultado de sua própria casa, evitando maiores exposições a outras possíveis doenças no ambiente emergencial hospitalar. Além de conseguir receita de medicamentos e atestados, em casos necessários, também virtualmente”, informa.

Para a gerente financeira, Ana Rosa Bezerra, 54, o formato foi uma saída para evitar se deslocar até uma unidade de saúde no momento de alta de casos, tanto de gripe como de Covid-19. “Tive sintomas gripais no começo do ano. Já peguei Covid, só que agora tive medo de sair de casa pra ir ao hospital porque todo mundo que eu conhecia estava doente. Procurei teleconsulta de emergência e, apesar de esperar um pouco, consegui atendimento no dia”, disse.

No Hapvida, a faixa etária de pessoas mais atendidas está entre 24 a 33 anos nos atendimentos virtuais eletivos. Nas teleconsultas de emergência, a variação é de pessoas entre 20 a 27 anos. Na Unimed Fortaleza, a maior procura pelo pronto atendimento virtual tem sido por pessoas com faixa etária entre 21 e 40 anos.

O serviço ganhou destaque após o início da pandemia da Covid-19. Em abril de 2020, no Brasil, o Governo Federal sancionou a lei que autoriza o uso da telemedicina durante a pandemia. A lei Nº 13.989 dispõe sobre o uso da telemedicina, em caráter emergencial, durante a crise causada pelo coronavírus. Na teleconsulta, o paciente também tem acesso a documentos como receitas, prescrição de exames e atestado médico.

O POVO procurou o Grupo OTO, que administra o Hospital Otoclínica, na terça-feira, 18, e quarta-feira, 19, por e-mail e mensagens no WhatsApp, para saber o balanço de atendimentos no serviço de telemedicina da unidade em dezembro e janeiro, assim como se há alta demanda no serviço e filas de espera no atendimento. O grupo não retornou até o fechamento desta matéria.

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