Participamos do

Possível cura: tratamento brasileiro elimina HIV de homem que vivia com vírus há 7 anos

O estudo inédito conseguiu anular a carga viral do paciente, mas ele ainda segue em acompanhamento
15:59 | Jul. 06, 2020
Autor Redação O POVO
Foto do autor
Redação O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Um estudo realizado desde 2013, por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), teve como resultado a eliminação do vírus HIV de um paciente que já vivia há sete anos com o diagnóstico de infecção. Conforme informações da CNN Brasil, divulgadas no sábado, 4, o tratamento aplicado conseguiu anular completamente as células infectadas pelo vírus, causador da aids. 

Coordenada pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz, referência mundial no assunto, a pesquisa estava sendo realizada com 30 homens que apresentavam carga viral baixa e não transmitiam a doença. Os voluntários foram tratados com coquetel formado por três tipos de antirretrovirais, outras combinações de remédios e uma vacina feita para tentar ensinar o organismo do paciente a encontrar e destruir células infectadas por HIV.

LEIA MAIS |  Quando o Brasil enxergou a Aids na década de 1980

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Após ser submetido ao estudo, um voluntário que já vivia há sete anos com o vírus realizou o teste para diagnóstico do HIV e obteve resultado negativo. O paciente vem sendo acompanhado por médicos da pesquisa desde então e, 17 meses depois da “cura”, ele continua sem o vírus no organismo.

Resultado não significa que cura foi descoberta

Em entrevista à CNN Brasil, Ricardo Diaz afirmou que era preciso ter cuidado ao falar que a cura do HIV foi descoberta, pois ainda seria muito cedo para classificar essa afirmação como verdadeira. O coordenador da pesquisa considerou que, mesmo após um ano, ainda existe a possibilidade do vírus voltar a se manifestar, o que torna necessário o acompanhamento do paciente.

O estudo segue paralisado por conta da pandemia do novo coronavírus e tem segunda fase planejada para ter 60 voluntários, o dobro do que continha na primeira. Outra mudança é que mulheres poderão se voluntariar para participar de nova etapa, abrindo novas possibilidades de estudo.

LEIA MAIS |

Segundo caso mundial de cura de paciente com HIV

Medicamentos contra HIV curam paciente com coronavírus na Espanha

De acordo com CNN, somente duas curas da Aids, doença causada pelo vírus, foram reconhecidas até hoje no mundo inteiro, em Londres e em Berlim, mas ocorreram devido a uma mutação rara dada após um transplante de medula óssea. O estudo de Diaz é, com isso, uma pesquisa inédita que abre possibilidades para o registro da “terceira cura” e de muitas outras.

LEIA MAIS | Projeto "Nós por nós" faz uma ponte solidária entre quem precisa e quem quer ajudar

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar