Cirurgia de Bolsonaro é finalizada sem intercorrências, diz Michelle
O ex-presidente está internado desde a quarta-feira, 24, para operar uma hérnia inguinal
A cirurgia de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi finalizada sem intercorrências, anunciou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada por volta das 13 horas desta quinta-feira, 25, nas redes sociais da ex-primeira-dama.
"Agora é aguardar o retorno da anestesia", escreveu Michelle. Ela acompanha o ex-presidente na unidade hospitalar. Pelo menos dois policiais guardam a porta do quarto do ex-presidente durante sua internação, segundo ordem judicial.
A saída de Bolsonaro da prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que presidiu o caso que levou à condenação do ex-presidente em setembro.
Bolsonaro, de 70 anos, deixou a prisão pela primeira vez na quarta-feira, 24 onde está detido desde o final de novembro, para operar uma hérnia inguinal no hospital DF Star, em Brasília.
Os médicos que tratam o ex-presidente previam que a operação durasse cerca de quatro horas e a internação ficasse entre cinco ou sete dias. Bolsonaro entrou no centro cirúrgico por volta das 9h30 da manhã desta quinta.
Após a nova operação, os médicos avaliarão se Bolsonaro poderá ser submetido a um procedimento adicional: um bloqueio anestésico do nervo frênico, que controla o diafragma, para tratar soluços recorrentes.
Na quarta, em coletiva de imprensa, os médicos, o cardiologista Brasil Ramos Caiado e o cirurgião Dr. Cláudio Birolini, afirmaram que o quadro clínico do político foi agravado por um aumento da pressão abdominal.
Este é decorrente de cirurgias passadas e crises persistentes de soluços, vinculadas ao estado de ansiedade e depressão do paciente.
Carta de Bolsonaro
Mais cedo, Bolsonaro confirmou, em carta escrita a próprio punho, que seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), será seu pré-candidato às eleições presidenciais do próximo ano. O texto foi lido pelo próprio Flávio pouco antes da cirurgia.
Na carta, Bolsonaro escreve que enfrentou "duras batalhas pagando um preço alto com minha saúde e família para defender aquilo que acredito ser o melhor para o nosso Brasil".
No que classifica ser um "cenário de injustiça" e com o objetivo de "não permitir que a vontade popular seja silenciada", ele diz indicar então Flávio como pré-candidato à presidência da República em 2026.
"Entrego o que há de mais importante na vida de um pai, o próprio filho, para a missão de resgatar o nosso Brasil", escreveu o ex-presidente, que está preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Realizada no dia de Natal e pouco antes da cirurgia, a leitura da carta já começou a movimentar as redes sociais bolsonaristas. Flávio tem participado de encontros com empresários e banqueiros em busca de apoio a sua candidatura.
Com Agência Estado