Câmara rejeita cassação de Zambelli; veja como votaram os deputados do Ceará
Cearenses se dividem em votação que manteve o mandato da deputada, condenada pelo STF; maioria da bancada do Estado votou por cassar Zambelli
A Câmara dos Deputados barrou, na noite da quarta-feira, 10, a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A proposta recebeu 227 votos favoráveis à cassação e 170 contrários; apesar disso, eram necessários, pelo menos, 257 votos para retirar o mandato da parlamentar. Houve ainda 10 abstenções e 105 ausências.
Com a decisão, o processo disciplinar contra a deputada bolsonarista foi encerrado; Zambelli foi condenada, de forma definitiva, a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por participação na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A votação dividiu bancadas no Parlamento e gerou tensão nas horas que antecederam a votação em plenário. Siglas como PT, PDT, PSB e PSOL fecharam questão pela cassação. Já o PL — partido de Zambelli — votou majoritariamente pela preservação do mandato, com apenas um dissidente. Outras siglas tiveram divisões, como União Brasil, MDB e PSD.
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Como votaram os deputados do Ceará
Entre os 22 deputados cearenses, 14 votaram pela cassação. Quatro foram contra a cassação e outros quatro estavam ausentes na sessão, que entrou pela madrugada.
Votaram SIM (pela cassação)
- AJ Albuquerque (PP)
- André Figueiredo (PDT)
- Célio Studart (PSD)
- Domingos Neto (PSD)
- Eunício Oliveira (MDB)
- José Airton (PT)
- José Guimarães (PT)
- Júnior Mano (PSB)
- Leônidas Cristino (PDT)
- Luizianne Lins (PT)
- Mauro Benevides Filho (PDT)
- Moses Rodrigues (União Brasil)
- Robério Monteiro (PDT)
- Vanderlan Alves de Souza (Republicanos)
Votaram NÃO (contra a cassação)
- André Fernandes (PL)
- Dayany Bittencourt (União Brasil)
- Dr. Jaziel (PL)
- Luiz Gastão (PSD)
Ausentes
- Danilo Forte (União Brasil)
- Enfermeira Ana Paula (Podemos)
- Matheus Noronha (PL)
- Yury do Paredão (MDB)
Parecer da CCJ
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara havia aprovado parecer do deputado Claudio Cajado (PP-BA) que recomendava a perda do mandato da parlamentar pela incompatibilidade fática absoluta do encarceramento em regime fechado com o exercício do mandato.
"Como alguém pode exercer o mandato estando recluso em regime fechado? O mandato exige presença, comparecer ao plenário e participar das comissões", disse na CCJ.
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