Superintendente defende que Fortaleza não perca mais áreas verdes

"Fortaleza não pode mais perder áreas verdes", alerta Artur Bruno na Câmara

Superintendente do Ipplan reforçou necessidade de ampliação de áreas verdes na Capital, relacionando a preservação com a melhoria da qualidade de vida

O superintendente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), o ex-deputado Artur Bruno (PT), apresentou o processo de revisão do Plano Diretor Participativo Sustentável (PDPS) na sessão da terça-feira, 16, da Câmara Municipal (CMFor). Em entrevista coletiva, ele defendeu a ampliação de áreas verdes na Cidade.

“Respeitamos muito a autonomia da Câmara de Vereadores e eu digo isso porque eu fui vereador. Sei da importância da Câmara Municipal. São os legítimos representantes da população. Eles têm todo o direito de mudar a legislação. O que nós queremos chamar a atenção é que Fortaleza não pode mais perder áreas verdes. Pelo contrário, nós temos que aumentar", afirmou.

Na análise de Artur Bruno, seria "muito ruim" para a população se houver redução nos próximos anos. "Seria inadmissível para a qualidade de vida, sobretudo das pessoas mais pobres que têm pouca condição de se proteger”. 

Conforme informou, a Capital tem atualmente apenas 16% de áreas verdes "originais" preservadas. "Fortaleza perdeu quase todas as áreas verdes nas últimas décadas. Nos últimos oito anos, nós perdemos 20% das áreas verdes. Significa 8 km² de áreas verdes perdidas nos últimos oito anos”, destacou o superintendente.

Ele mencionou que a criação de parques e corredores verdes como uma das estratégias. “Um dos objetivos do Plano Diretor é não só manter as atuais áreas verdes, mas aumentá-las. E, recentemente, inclusive, o prefeito Evandro Leitão (PT) já mostrou na prática a sua intenção quando criou mais cinco parques urbanos. E essa é uma política que terá continuidade”, disse.

“Nós temos uma preocupação muito grande nesse Plano Diretor de manter o máximo possível essas áreas verdes já existentes", reforçou. O superintendente do Ipplan também chamou atenção para a necessidade de ocupar regiões com infraestrutura, evitando a expansão desordenada para as áreas periféricas.

"Um dos objetivos principais é intensificar a ocupação dessas áreas onde há infraestrutura. Há vários estímulos para que se implantem empreendimentos, seja de comércio, de indústria, de moradia, realmente em locais onde há infraestrutura. E justamente essas áreas nas margens, na fronteira da Cidade com as vizinhas, é onde tem mais áreas verdes, que é onde a gente deve fazer um esforço grande para manter essas áreas verdes da forma como elas estão hoje e até aumentá-las”, pontuou.

Entre as justificativas, Artur Bruno associou a preservação ambiental à qualidade de vida. “A temperatura média de Fortaleza tem aumentado em 2 graus nos últimos anos. Onde é mais quente é justamente na periferia, onde há poucas áreas verdes. As áreas mais pobres, onde tem mais vulnerabilidade, são as que mais necessitam de áreas verdes”, alertou.

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