Camilo sobre condenação de Bolsonaro no STF: "Estou de alma lavada"
Ministro da Educação diz que decisão da Justiça foi histórica e lembrou da tortura sofrida pelo pai durante a ditadura militar
O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), comentou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por participação na trama golpista.
"De alma lavada com a resposta das nossas instituições ao ataque à nossa democracia! O Brasil é soberano. Sem anistia", afirmou o ex-governador do Ceará nas redes sociais. Em vídeo, Camilo destaca a rotina corrida, que o deixou sem tempo sequer de fazer a barba, mas ressalta que não poderia deixar de comentar o desfecho do julgamento na quinta-feira, 11.
"(Eu) não poderia deixar de dizer aqui, de registrar que, para mim, ontem foi um dia histórico. Aliás, eu estou de alma lavada com a decisão da Justiça brasileira ontem, porque é preciso responsabilizar todos que atentem contra a democracia do nosso país", afirmou Camilo.
O político cearense era governador do Ceará no período em que Bolsonaro exercia a Presidência da República. Em inúmeras ocasiões, o petista reclamava de que não havia interlocução direta com o então presidente ou com agentes do primeiro escalão do governo federal.
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Filho de torturado
O ministro lembra que nasceu durante o período do ditadura militar, em 1968, e que o próprio pai, o ex-deputado Eudoro Santana (PSB), foi uma das vítimas do período.
"Nasci no período militar, da época da ditadura militar, e sou filho de um homem que foi torturado no período da ditadura militar, porque defendia a liberdade e a democracia do nosso país, defendia que a gente pudesse escolher livremente os nossos representantes. Portanto, a democracia é algo inegociável e para mim, hoje eu estou de alma lavada por essa decisão do Supremo Tribunal Federal. Parabéns à Justiça brasileira", destacou.
Por fim, Camilo puxou a temática que tem sido bastante usada pelo Governo Lula: a defesa da soberania nacional. "Se (tem) algo que nós precisamos sempre defender é a nossa democracia, a nossa pátria e a nossa soberania", afirmou.