Câmara de Eusébio aprova projeto que cria 'Salas Google' nas escolas
Proposta busca modernizar o ensino com tecnologia. Oposição questiona falta de estrutura nas escolas para implementação da medida
A sessão da Câmara Municipal de Eusébio (CME), realizada nesta terça-feira, 5, marcou o fim do recesso parlamentar e aprovou um projeto que cria o Programa Municipal de Aprimoramento Tecnológico na Educação Básica, denominado “Salas de Educação Google”.
O projeto — que agora aguarda sanção do prefeito de Eusébio, Dr. Júnior (PRD) — foi aprovado por unanimidade. Todos os vereadores estavam presentes.
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A iniciativa tem como objetivo promover a transformação digital no ensino público e capacitar alunos e professores para o uso de tecnologias educacionais.
O programa apresenta as seguintes finalidades:
- Modernizar práticas pedagógicas e recursos educacionais;
- Estimular o uso consciente e crítico da tecnologia;
- Ampliar a colaboração, o pensamento crítico e a criatividade por meio de ferramentas digitais;
- Democratizar o acesso a tecnologias educacionais de ponta.
Segundo a autora da proposta, vereadora Cira Targino (PRD), a implantação do programa será feita de forma gradual e escalonada. As escolas deverão garantir infraestrutura mínima para o funcionamento da iniciativa, incluindo acesso à internet de banda larga e dispositivos compatíveis.
“O objetivo dessa indicação é aprimorar o ensino público, trazer tecnologia para dentro das escolas, aproveitando a recente Lei de Inovação aprovada nesta Casa e também a aquisição dos tablets que foram entregues aos alunos com o apoio do nosso secretário de Educação”, afirmou a vereadora.
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Ela também citou a chamada “colônia digital” divulgada pelo ex-prefeito e atual secretário de Educação de Eusébio, Acilon Gonçalves.
“Assim, iremos modernizar as escolas, dando oportunidade aos nossos alunos de acessar o conhecimento por meio da tecnologia, aprimorando suas ideias com os tablets e com as Salas Google — um recurso importante para os profissionais da educação e para os estudantes”, completou Cira.
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O que diz a oposição?
A proposta foi aprovada pela oposição, mas acompanhada de críticas.
Ao O POVO, o vereador Gabriel França (União), único oposicionista na CME, declarou apoiar a iniciativa, mas demonstrou ceticismo no que tange a viabilidade.
“A proposta é boa. Tem viabilidade, desde que saia do papel. Mas hoje, a gente observa que as salas de aula não têm estrutura para receber esse tipo de equipamento. Quase 80% das escolas não têm estrutura física para isso”, afirmou Gabriel.
“Como é que eu vou levar um equipamento desse? Como é que vou fazer uma parceria com uma empresa como o Google? É uma realidade ainda muito distante. Recurso tem. Desde que haja boa vontade para fazer acontecer”, completou.
O POVO procurou vereadores da base aliada que pudessem comentar o projeto, mas nenhum deles aceitou conceder entrevista. O projeto foi aprovado junto com outra proposta de inserção tecnológica aos agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemias.
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