Pen drive encontrado em banheiro de Bolsonaro não tem conteúdo relevante, avalia PF
Além do dispositivo, durante a operação da PF também apreendeu o celular do ex-presidente, US$ 14 mil em espécie e R$ 8 mil
Após análise do pen drive encontrado no banheiro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio à operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a perícia inicial aponta que os arquivos seriam irrelevantes para o inquérito.
Na semana passada, ao ser questionado sobre o item, após colocar tornozeleira eletrônica em Brasília, Bolsonaro negou saber o conteúdo do objeto e disse que perguntaria a Michelle se o item era dela.
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A análise pericial do dispositivo foi concluída. O pen drive foi apreendido em operação que investiga coação à Justiça brasileira por parte de Bolsonaro e do filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.
Além do pen drive, a PF também apreendeu o celular do ex-presidente; US$ 14 mil em espécie, R$ 8 mil e uma cópia impressa de uma ação protocolada nos Estados Unidos pela plataforma de vídeos Rumble contra o ministro Moraes.
O documento tem apoio do Trump Media & Technology Group, uma empresa com ligação ao presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.
Medidas cautelares
A Suprema Corte determinou medidas cautelares contra Bolsonaro, que além de usar tornozeleira eletrônica, está proibido de utilizar redes sociais, manter contato com seu filho Eduardo e deve permanecer em casa das 19 horas às 7 da manhã do dia seguinte.
Os mandados foram cumpridos pela PF na residência do ex-presidente e em sedes do Partido Liberal (PL). Ele foi levado por agentes da PF até a sede do Centro de Monitoração Eletrônica da Polícia Civil, em Brasília (DF), onde foi colocada uma tornozeleira eletrônica.
"Suprema humilhação", diz Bolsonaro
Ainda na sexta-feira, 18, após ser alvo da operação, Bolsonaro disse à impressa não ter intenção de deixar o Brasil ou de se abrigar em embaixadas. O ex-presidente também voltou a dizer que é alvo de perseguição e se referiu ao episódio como "suprema humilhação".
"Nunca pensei em sair do Brasil, nunca pensei em ir para embaixada, mas as cautelares são em função disso. Eu não posso me aproximar de embaixada, tá? Eu tenho horário para ficar na rua. E no meu entender o objetivo é uma suprema humilhação. Esse que é o objetivo". declarou.