PF diz que pai de Mauro Cid repassou US$ 25 mil a Bolsonaro

Ex-ajudante de ordens teria intenção de "não passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal"

A investigação da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso das joias sauditas mostrou que o pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, general Mauro Lourena Cid, repassou US$ 25 mil em espécie ao ex-mandatário.

Situação veio à tona após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar sigilo do caso e estabelecer 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar o relatório da PF.

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O documento, por sua vez, aponta que Mauro Cid teve a "deliberada" intenção de "não passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal".

"Os dados ainda indicam, a utilização de uma conta bancária, provavelmente vinculada a LOURENA CID, para movimentação de valores, que podem ser oriundos da venda de outros itens ainda não identificados, recebidos pelo ex-Presidente JAIR BOLSONARO e desviados do acervo público brasileiro, pelos investigados", consta em trecho do relatório divulgado pela CNN.

Outra parte do relatório conta que Mauro Cid teve receio de usar sistema bancário formal, por essa razão recorreu ao pai.

“Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor ne? (…)”, fala do ex-ajudante indicada no relatório.

Além disso, a PF também ilustra momento em que Mauro Cid demonstrar dificuldade em vender peças que não eram completamente de ouro.

“(…) aquelas duas peças que eu trouxe do Brasil: aquele navio e aquela árvore; elas não são de ouro. Elas têm partes de ouro, mas não são todas de ouro (…) Então eu não estou conseguindo vender. Tem um cara aqui que pediu para dar uma olhada mais detalhada para ver o quanto pode ofertar (…) eu preciso deixar a peça lá (…) pra ele poder dar o orçamento. Então eu vou fazer isso, vodue deixar a peça com ele hoje(…)”.

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