Fortal: presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara fala em "ambientalismo eleitoral"

O vereador Márcio Martins (União) criticou a decisão do Ibama de embargar a obra e chamou de "arbitrária"

O vereador Márcio Martins (União), que preside a Comissão do Meio Ambiente na Câmara Municipal de Fortaleza, criticou nesta quinta-feira, 16, a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de embargar a obra do Fortal por desmatamento ilegal.

De acordo com ele, não há ainda uma obra sendo feita, mas sim uma limpeza de mato rasteiro e criticou "aqueles" que usam a pauta ambiental para "aparecer" e confundir a população. Na tribuna, ele chegou a classificar a atitude como "ambientalismo eleitoral". O vereador do Psol, Gabriel Aguiar, tem sido crítico da obra. Ele também citou o superintendente do Ibama, o petista Deodato Ramalho.

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"Infelizmente ontem o Ibama meteu os pés pelas mãos quando alega que ali tá sendo feita uma obra. Não tem obra nenhuma ainda sendo feita, o que tem é uma limpeza de mato. Mas infelizmente aqueles que usam a pauta ambiental para aparecer vão lá, faz um registro, confunde a população", disse Márcio.

O presidente da comissão ambiental da Casa destacou que a autorização foi feita para a limpeza do terreno e a partir disso se terão condições dos técnicos entrarem e identificarem o bioma do local e decidir onde e como poderá ser realizado o Fortal.

Márcio Martins disse que existe uma área de 20 hectares e 5% seriam usados pelo Fortal, e que esta mesma área já foi inclusive usada pela Base Aérea de Fortaleza no passado. O vereador também destacou que irá apresentar dados para descontruir a ideia que, segundo ele, está sendo usada para "crescer eleitoralmente". Ele defende que o evento é importante para o turismo e gera emprego e renda. "O Fortal é um patrimônio da nossa cidade", disse.

"Tem gente querendo confundir a população para muitas vezes ter ganho político com isso. Nós estamos aqui, como presidente da Comissão de Meio Ambiente, para fazer a defesa do meio ambiente, mas fazer de forma séria e transparente, de forma lúcida sem jogar para a plateia e sem fazer o oba oba", afirmou.

Márcio Martins disse ainda que a Câmara Municipal não pode se omitir e a Comissão do Meio Ambiente fará uma reunião técnica convidando todos os atores envolvidos no caso para poder ouvir a Casa, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Ibama, Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e o próprio Fortal.

O vereador pontuou que a área se trata de propriedade privada e a cidade pode abrir um precedente perigoso com a medida do Ibama de autuar a empresa e embargar a obra.

"É preciso compreender até onde vai o direito meu de opinar uma propriedade privada. Ali hoje é uma propriedade privada. Nós podemos deixar um precedente aberto perigosíssimo para a cidade", disse.

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