Célio Studart diz que vai processar internauta por post sobre impulsionamento de fotos

Deputado federal negou uso de dinheiro público para impulsionamento das postagens; ele reforçou que estratégias de alcance nas redes, não sendo ilícitas, são de ordem privada

O deputado federal Célio Studart (PSD), pivô de uma polêmica envolvendo impulsionamento de fotos sem camisa em uma rede social nesta semana, afirmou que processará pessoa que alegou, no Instagram, que o parlamentar “pegou carona” na causa animal e criticou a atuação dele nesta seara.

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O comentário em questão foi feito em postagem do O POVO sobre Célio, e dizia que o parlamentar "nunca deu um real do próprio bolso para ajudar os animais", dentre outras críticas relacionadas à sua atuação na pasta do Proteção Animal no Ceará, para qual foi indicado no ano passado.

O deputado rebateu afirmando: “Vai ser processado, pois eu posso provar com facilidade na Justiça o quanto de emendas enviei para cada projeto (...) Agora como você vai conseguir provar o que disse, não sei! Já enviado para o Jurídico!”, alertou. 

Célio também negou o uso de dinheiro público para realizar o impulsionamento de fotos sem camisa em uma plataforma digital. Ele reforçou que estratégias de alcance nas redes, não sendo algo ilícito, são de ordem privada.

O CASO

A situação envolvendo Célio e o impulsionamento de fotos sem camisa nas redes sociais, com público direcionado a mulheres jovens, foi revelada pelo Núcleo Jornalismo, perfil especializado em cobertura de redes sociais. Célio negou que tenha sido usado dinheiro público para o impulsionamento.

O parlamentar pagou para que as publicações aparecessem mais para mulheres com idade entre 18 e 34 anos, conforme a Biblioteca de Anúncios da Meta, empresa que administra as redes sociais Instagram, Facebook, WhatsApp e Messenger.

Análise feita pelo O POVO na plataforma, constatou gasto que pode chegar até pouco mais de R$ 40 mil em todas as publicações do deputado no ano de 2023 impulsionadas no Instagram. Desse total, 11 postagens tinham um teor "biscoiteiro" – o termo é usado como gíria para indicar publicações que buscam atrair elogios na internet.

No mesmo ano, Célio destinou mais de R$ 51 mil da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) à empresa Facebook Serviços Online do Brasil LTDA, conforme consta no portal da Câmara dos Deputados.

A cota existe para financiar despesas que podem incluir passagens aéreas, combustível, segurança e, também, divulgação de atividade parlamentar. Bancada por meio de reembolso, essa última categoria é a que consta nos recibos da empresa Facebook.

Pelas informações disponíveis, O POVO não conseguiu constatar com quais publicações a verba do parlamentar foi usada em 2023, nem se havia algum post com exposição do corpo impulsionado com dinheiro público.

O deputado cearense afirma que "no período de veiculação das fotos utilizadas na matéria não houve pedido de ressarcimento da Câmara dos Deputados por impulsionamento" e que "estar na Biblioteca de Anúncios da Meta não significa que o parlamentar pediu ou vai pedir o ressarcimento".

Além disso, expressou que "qualquer exposição da minha vida pessoal em minhas redes é de total liberdade minha, seja em esportes, afazeres domésticos ou qualquer outro assunto".

Questionada pelo O POVO sobre o público-alvo dos impulsionamentos serem mulheres jovens, a assessoria de comunicação do parlamentar afirmou que "cada rede social tem suas particularidades e por isso necessita de diferentes estratégias. O Facebook tende a ser segmentado a um público mais velho e o Instagram, a um público mais novo".

Com informações da repórter Thays Maria Salles.

 

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