Promotor e advogados brigam em sessão no Paraná: "Frouxo e safado"; veja vídeo
As imagens foram divulgadas nas redes sociais dos advogados Cláudio Dalledone Júnior , Adriano Bretas e Renan Pacheco Canto
O Tribunal do Júri em Cascavel (PR) foi palco para uma confusão entre um promotor de Justiça da 17ª Promotoria de Justiça de Cascavel e uma equipe de advogados. O caso ocorreu na terça-feira, 23, durante sessão que, devido ao tumulto, teve de ser adiada.
De acordo com o vídeo divulgado nas redes sociais dos advogados Cláudio Dalledone Júnior, Adriano Bretas e Renan Pacheco Canto, o promotor profere frases como: "Safado! Você é safado, seu pilantra (...) o senhor é um frouxo".
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Além disso, o homem se dirige a um deles e insulta: "Bate na minha cara. Você não tem coragem de bater na minha cara (...) o estagiário nem fala, você não tem nome no escritório".
No entanto, a gravação feita pelo trio de juristas está modificada. Na edição, a equipe de criminalistas destaca somente as falas do promotor Thiago Trevizoli Justo, não permitindo identificar o motivo pelo qual a dissidência foi iniciada, nem o detalhamento preciso dos eventos.
A cena provocou debates e controvérsias.
Veja o vídeo
A sessão tinha como objetivo julgar os réus envolvidos no crime que resultou na morte de Ricardo de Oliveira Mauss, no dia 14 de fevereiro de 2020. O homem foi executado com 37 tiros. O delito estava associado ao tráfico de drogas e à disputa entre organizações criminosas pelo controle da região. Devido ao adiamento da audiência, não foram discutidas informações sobre o caso.
Com a repercussão do vídeo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu um comunicado condenando "todo e qualquer ataque covarde ao exercício da advocacia".
“Com a lucidez e a ponderação que se exige, a Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Cascavel, juntamente à Seccional Paraná, tomarão as medidas pertinentes, de modo a garantir o respeito à prerrogativa profissional garantida legalmente, porquanto a advocacia é indispensável à administração da Justiça, inexistindo hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratarem-se com consideração e respeito recíprocos”, consta no texto.