Ex-deputado que tatuou nome de Temer é preso acusado de crimes eleitorais de violência política
Wladimir Costa foi preso no Aeroporto Internacional de Belém. O parlamentar é atrelado a diversas outras denúncias ou polêmicasO ex-deputado federal do Pará Wladimir Costa (Solidariedade) foi preso preventivamente pela Polícia Federal, no Aeroporto Internacional de Belém. As acusações são de crimes eleitorais de violência política. O deputado é conhecido por ter tatuado o nome do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Wladimir chegava na capital paraense, nesta quinta-feira, 18, quando foi detido. Após a abordagem, ele foi encaminhado ao sistema prisional do estado.
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AssineSegundo a PF, a prisão ocorreu devido à “prática reiterada, entre outros, dos crimes eleitorais de violência política praticados contra deputada federal por meio das redes sociais".
Dentre as práticas, é dito que o deputado publicava conteúdos expondo a vida privada da deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA) em uma rede social, segundo o G1. As postagens já foram retiradas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, que também determinou o mandado de prisão.
O deputado ganhou notoriedade, em 2017, por tatuar o nome de Michel Temer (MDB) no ombro. Costa era grande defensor do ex-presidente, chegando a se envolver em polêmicas por defender o ex-mandatário.
Wladimir é atrelado a diversas denúncias ou escândalos
O parlamentar é atrelado a diversas outras polêmicas. Dentre elas, há a ocasião de quando estourou um bastão de chuva de prata durante a votação da abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, em 2016.
Também há acusações de que ele teria praticado assédio sexual e ofendido a jornalista Basília Rodrigues, da rádio CBN. Ação teria ocorrido em 2017.
Em outra ocasião, o então parlamentar foi flagrado pedindo fotos íntimas por WhatsApp, durante a votação na Câmara dos Deputados sobre denúncia de corrupção passiva de Temer.
Ele também foi condenado no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) por caixa dois e abuso de poder econômico na campanha de 2014. Ação causou sua cassação no fim de 2017 e a inelegibilidade dele por oito anos. Da decisão ainda cabia recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No ano passado, o Wladimir foi condenado por injúria e difamação, em processo movido pela atrizes Glória Pires, Letícia Sabatella e Sônia Braga e pelo ator Wagner Moura. Em 2017, quando era parlamentar, ele se referiu aos artistas como "vagabundos da Lei Rouanet", "bandidos", “aproveitadores” e “assaltantes dos cofres públicos”.