Oposição acusa gestão Sarto de vender terrenos "a preço de banana"; base rebate

Gabriel Aguiar (Psol) acusou a Prefeitura de vender terras públicas a "preço de banana" para empresas milionárias e líderes de Sarto rebateram

Vereadores que compõe a base e oposição do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), discutiram em sessão na Câmara Municipal na quarta-feira, 13, sobre desafetação de terrenos públicos. O tema veio à tona após o parlamentar Gabriel Aguiar (Psol) publicar um vídeo nas suas redes sociais acusando a Prefeitura de vender as áreas a "preço de banana" para empresas multimilionárias.

Gabriel apontou 18 projetos de desafetação enviados à Câmara pelo próprio prefeito Sarto com valores a serem vendidos, segundo ele, bem abaixo do preço de mercado. Ele declarou que o valor médio do metro quadrado em Fortaleza é de R$ 7.169,00, e o prefeito teria comercializado alguns terrenos públicos por R$ 634,53: 11 vezes mais barato.

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O vereador citou exemplos de terras públicas vendidas em bairros do Cambeba, Luciano Cavalcante, Messejana e Castelão, este último com o metro quadrado custando R$ 91. Gabriel também disse que o total que a Prefeitura deixou de faturar R$ R$ 32.313.292,76  com as vendas mais baratas para o setor privado.

Liderança rebate denúncias

O líder de Sarto na Câmara, Iraguassú Filho (PDT), utilizou o tempo da liderança para rebater as acusações de Aguiar. Para o parlamentar, as denúncias não são verídicas e desafetação é um instrumento jurídico.

"Não é verdade (as denúncias). Todos nós sabemos que não é verdade. Os projetos que estão aqui tramitando na Câmara Municipal de desafetação, que se transformou, parece, que num “palavrão” essa palavra, como se tivesse fazendo coisa errada, quando na realidade a desafetação é um instrumento jurídico", disse.

Iraguassú apontou que a narrativa foi construída de forma coordenada, mas com informações falsas, e a desafetação não serve apenas para atender ao interesse privado. O vereador rebateu que não são 18 terrenos com alienação, mas 16, e possuem interesse público.

"Foi falado no vídeo que eram 18 desafetação com alienação. São 16. E essas desafetações têm com permuta para construir um parque. Tem aí para regularizar situação de escolas, areninha, para destinar o imóvel ao Corpo de Bombeiros, programa de habitação popular", declarou.

Oposição acusa Prefeitura

O vereador Léo Couto (PSB) subiu à tribuna para rechaçar o que Iraguassú disse e reiterar as acusações de Gabriel Aguiar, mas afirmando que o número de terrenos para desafetação são ainda maiores do que dito inicialmente.

"Acho que realmente o vereador Gabriel errou. Ele falou 18, mas são 33. Onde vossa excelência (Iraguassú) citou só duas, mas tem várias ali que o senhor citou que são 91 metros quadrados", disse.

A correligionária de Gabriel, a vereadora Adriana Gerônimo (Psol), afirmou que classificar as falas do parlamentar como "fake news" é irresponsabilidade. E também o parlamentar entregou as denúncias ao Ministério Público.

"E gente, vamos ficar muito naturais quanto a isso. Sabe por quê? Porque o vereador Gabriel Aguiar já entregou tudo para o Ministério Público. Se é fake news o que ele disse, e que subiram nessa tribuna para dizer, o Ministério Público também vai dizer. Daqui algum tempo a gente vai saber quem estava com fake news ou não", declarou.

PPCell (PSD), vice-líder de Sarto na Câmara respondeu aos vereadores do Psol os acusando de incoerência por "demonizarem" desapropriação, mas defender o Movimento Sem Terra (MST).

"Eu vejo muita incoerência aqui. Vejo o vereador subir aqui e demonizar desapropriação e ao mesmo tempo ser a favor de invasão de terra, MST, enfim. Essas entidades que invadem a terra dos outros", disse.

 

 

 

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