General cearense afirma à PF que se reuniu com Bolsonaro por ordem do ex-comandante do Exército, diz colunista

Depoimento do general Estevam Teophilo ocorreu na última sexta-feira, em Fortaleza. Ele passou mais de cinco horas no local e saiu sem responder perguntas

O general cearense Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira teria dito à Polícia Federal (PF), em depoimento na última sexta-feira, 23, que participou de uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) em dezembro de 2022 a mando do então comandante do Exército, à época o general Marco Antônio Freire Gomes. A informação é da colunista Bela Megale, do O Globo.

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Apuração da PF aponta que o general esteve com Bolsonaro em 9 de dezembro de 2022, no Alvorada, e teria acenado positivamente para uma eventual trama golpista. O POVO esteve na sede da PF em Fortaleza durante o depoimento do general Teophilo, que passou mais de cinco horas no local e saiu sem responder perguntas. "Nada a declarar", foi a única resposta de um homem que acompanhava o general. Ambos seguiram em silêncio até um veículo e foram embora.

O militar cearense foi citado em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, como um dos envolvidos numa suposta articulação para aplicar um golpe de Estado em 2022. Theophilo depôs um dia após Bolsonaro e aliados serem ouvidos em Brasília, no último dia 22.

Conforme investigações da PF na Operação Tempus Veritatis, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o general cearense teria concordado com a tentativa de golpe de Estado promovida pela alta cúpula de militares e integrantes do governo para impedir que Lula (PT), vencedor do pleito, assumisse.

A PF aponta que o militar seria responsável pelo emprego do Comando de Operações Especiais, que engloba os chamados "kids pretos", força especial que seria responsável pela prisão de Moraes. Ainda de acordo com a decisão do ministro autorizando a operação, as investigações apontam que o general teria usado a alta patente para "influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação por meio do endosso de ações e medidas".

Alvos da operação Tempus Veritatis, os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sergio Nogueira seguiram a estratégia do ex-chefe do Executivo federal e também não responderam aos questionamentos dos investigadores no depoimento de quinta-feira. Ao todo, 24 alvos da operação foram chamados a prestar esclarecimentos sobre o suposto esquema que teria sido montado para anular o resultado da eleição de 2022.

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