PDT tem impasse na definição da liderança de bancada na Alece; veja outros partidos

Enquanto a sigla pedetista discute quem deverá ficar no comando, PT, União Brasil e PL seguirão com mesmas lideranças

Os partidos representados na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) terão até próximo dia 16 para definirem os líderes de bancada para os trabalhos de 2024. A data foi estipulada pelo presidente da Alece, Evandro Leitão (PDT), na sessão realizada nessa terça-feira, 6.

Enquanto as siglas apresentam expectativa de permanência de seus comandos na Casa parlamentar, o PDT tem um impasse nessa definição, tendo em vista os membros dissidentes do partido. O grupo é formado por aliados do senador Cid Gomes, que migrou com 40 prefeitos do PDT ao PSB. Os parlamentares, por sua vez, aguardam decisão judicial favorável e janela partidária, prevista para 2026, para realizarem a mudança.

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Nesta quarta-feira, 7, no entanto, os deputados estaduais pedetistas se reúnem com o presidente da comissão provisória do PDT Ceará, o ex-senador Flávio Torres, para discutir a liderança do atual líder, Guilherme Landim.

De acordo com o parlamentar, o encontro servirá para "entender o que o partido pensa e colocar também" a posição dos dissidentes. "O que nós defendemos - quando eu digo nós, somos os deputados que fazemos parte desse grupo de nove parlamentares que tem um pensamento divergente da direção do partido - é de que o ano passado a liderança do partido deu a oportunidade a todos os deputados de se manifestarem da maneira como quiseram. Nós tivemos uma liderança que deu independência aos deputados. Em nenhum momento nós constrangemos ninguém e o que nós queremos agora é que permaneça dessa forma".

E segue: "[Esperamos] que o partido não venha constranger ninguém nem fazer aqui dentro com que a minoria da bancada faça valer a sua vontade em cima da maioria. Já que nós, enquanto maioria no ano passado, não quisemos fazer valer a nossa vontade, deixando todo mundo livre. Então, é só isso que nós vamos defender, de continuar tendo a liderança aqui para que a gente garanta o posicionamento independente de cada um", finalizou Landim.

Do outro lado da sigla pedetista, estão os deputados aliados ao prefeito de Fortaleza, José Sarto, e demais dirigentes, como Roberto Cláudio, chefe do diretório municipal, e o deputado federal André Figueiredo, presidente interino a nível nacional. Cláudio Pinho é um dos deputados estaduais que compõem essa ala. Ele acompanha o pensamento de Landim quanto ao respeito aos membros do PDT. Contudo, entende que o “partido não pode ser prejudicado”.

"Vamos fazer de tudo para não ter disputa. A bancada em si se entende bem, respeitando as diferenças. Porém, o partido hoje tem uma posição e esses deputados que estão no partido já manifestaram o desejo de sair do partido. Então, se eles não querem estar no partido, então, não é questão de caça às bruxas, de maneira nenhuma. Nós temos que procurar o entendimento com a bancada, não prejudicar ninguém. E queremos ver dentro da bancada o que é possível construir para que a gente possa exercer o nosso papel sem prejudicar o partido. O partido tem que ser prestigiado", disse Pinho.

Ainda segundo o deputado, há uma divergência nas normas que regem o PDT e a Alece. "Todo mundo está esperando essa mudança, mas ainda não foi discutida entre os parlamentares. O que nós não queríamos era judicializar, porque [seria] mais um problema. O que é que isso constrói? O estatuto partidário diz que quem escolhe o líder é a bancada junto com a Executiva; e o regimento da Casa diz que é a bancada. Então, há uma divergência sobre quem é maior. Eu penso que a gente deve tentar uma composição para todos ficarem satisfeitos e respeitando as ideias de cada um, as posições políticas de cada, mas que o partido seja respeitado".

Questionado sobre seu nome ocupar a vaga, Pinho sinalizou estar à disposição. "As coisas devem vir com naturalidade. Se acharem que eu deva assumir essa função, eu acho que estou pronto. Se não, irei contribuir para a bancada da mesma forma com as minhas posições. Se acharem que eu deva ficar na liderança, não tem problema".

Demais partidos

Conforme o atual líder do PT na Alece, deputado De Assis Diniz, haverá reunião nesta quinta-feira, 8, para definir o comando da bancada. Contudo, há um consenso para sua permanência, assim como do vice-líder Guilherme Sampaio. Diniz deve seguir, ainda, na liderança do bloco composto pelo PT, PSDB, Cidadania, Republicanos, PV e PCdoB.

Sargento Reginauro, líder da bancada do União Brasil, informou haver um acordo partidário “de manutenção por dois anos”. Dessa forma, ele e o vice-líder Felipe Mota permanecem em 2024.

No PL, a líder Dra. Silvana disse já está se mobilizando para colher as assinaturas para sua permanência na vaga. “Já conversei com meus pares. Procurei sair sempre em defesa deles e do partido”. O mesmo ocorre para o vice-líder Pastor Alcides.

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