Em resposta a Ciro e André, Cid convoca aliados para reunião nesta segunda

Cid vislumbra a presidência estadual do PDT, com o apoio de deputados e prefeitos, mas o cargo é ocupado por André Figueiredo que não tem intenção de ceder

O senador Cid Gomes (PDT) e o grupo de seus aliados dentro do PDT fazem, nesta segunda-feira, 26, uma reunião em Fortaleza. Uma das pautas deve ser o fortalecimento da tese para que ele assuma a presidência estadual do PDT, hoje ocupada pelo deputado federal André Figueiredo (PDT). O evento seria um prelúdio para que Cid efetivamente consiga ocupar o cargo.

O encontro marcado para tarde desta segunda-feira acontece em meio ao crescente clima de tensão dentro da legenda após falas públicas do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), irmão mais velho de Cid. O ex-presidenciavel declarou apoio público para que André siga na presidência em detrimento ao irmão.

Outro ponto que criou desgaste foi a reunião do senador com Figueiredo na última quinta. Na ocasião, foi tratado justamente sobre a possibilidade de Cid assumir o cargo, já que o deputado tem mandato até o fim do ano.

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Embora tenha começado bem, a reunião não terminou em bons termos. Uma das consequências foi o cancelado da ida de Cid para o encontro regional da legenda. Ele e o grupo fiel à sua liderança não compareceram ao evento e não fizeram menções em redes sociais. 

Figueiredo disse ter ressaltado, no encontro, ao senador, que ele era "um grande líder" e era reconhecido na legenda como tal. Ele, no entanto, chamou de obsessão a busca pela presidência e mencionou falas de deputados na tribuna da Assembleia Legislativa em defesa do cargo ser ocupado pelo senador.

Ex-governador do Ceará, Cid é apoiado pela maioria dos deputados e dos prefeitos da sigla. Já o grupo liderado por seu irmão e pelo ex-prefeito Roberto Cláudio tem o controle do diretório municipal. Os correligionários, inclusive, se reuniram nesse último sábado e o evento foi marcado por declarações contra o senador.

RC afirmou que há "indisfarçável tentativa de golpe" e Figueiredo marcou posição ao dizer que a legenda "não vai cair no colo" da ala pedetista que atua junto ao Governo do Estado. O deputado lamentou a "crise" que o partido vem vivendo e afirmou que "os donos do poder" querem tirar o PDT do grupo. Ele ressaltou ainda que a "história terminará diferente" ao fazer paralelo com a ditadura militar.

A eleição de 2024 também já é discutida, uma vez que o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), é apoiado pelo trio, Figueiredo, Ciro e RC, além da maioria dos vereadores e três dos deputados estaduais. Na outra ponta, Cid defende a aproximação com o PT e, dentro do grupo, há a construção de uma possível candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, o pedetista Evandro Leitão. 

Cid já tinha reunião em Fortaleza, na parte da manhã, para a realização de uma audiência pública da Comissão Especial do Hidrogênio Verde (CEHV), que tem o senador como presidente. Além dele, o debate deve contar com aliados próximos como o próprio Evandro, o governador Elmano de Freitas (PT) e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Salmito Filho (PDT), deputado licenciado. 

O encontro, segundo o cronograma, vai debater as iniciativas do estado em relação às energias renováveis e ao hidrogênio verde e terá ainda uma visita técnica ao Porto do Pecém.

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