Defesa de Carlomano Marques orienta prefeito a ficar em silêncio em depoimento
Prefeito de Pacatuba, secretários da gestão e empresários foram presos na última terça-feira, 18, em operação que investiga dispensas de licitação no municípioO advogado do prefeito de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB), informou que orientará o gestor e outros investigados a permanecer em silêncio, enquanto a defesa não tiver acesso a todos os autos investigativos do caso. Carlomano, oito secretários da gestão e empresários foram presos na última terça-feira, 18, em operação que investiga dispensas de licitação em Pacatuba.
“Respeitamos a atuação das autoridades dedicadas na apuração dos fatos, mas não concordamos que os investigados sejam arrebatados e presos primeiro para posteriormente prestarem depoimentos. Tanto que nossa orientação será de que façam uso do constitucional direito ao silêncio enquanto a defesa não obtiver amplo acesso aos autos”. disse o advogado Leandro Vasques, em nota.
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AssineA defesa aponta ainda que, após ter acesso aos elementos da investigação, fará os respectivos pedidos de revogação das prisões, “reforçando que todos são primários, ostentam modelares antecedentes, exercem atividade lícita e residência conhecida”. Vasques questionou ainda o motivo pelo qual os investigados não foram intimados para apresentarem explicações, antes de serem presos.
Ao ser abordado por agentes na última terça-feira, o prefeito deu entrada, com escolta policial, numa unidade hospitalar em Fortaleza. Ele teria passado mal ao ser abordado em uma residência por agentes que cumpriam a ordem judicial para prendê-lo.
A operação Polímata investiga dispensas de licitação em secretarias e órgãos da Prefeitura de Pacatuba, principalmente nos anos de 2021 e 2022. Foram identificados pelo menos R$ 19 milhões em despesas sem licitação para atividades diversas, segundo o MPCE.
A Justiça afastou os gestores das funções por 180 dias e determinou o encerramento imediato dos contratos da Prefeitura com empresas e pessoas físicas investigadas.