MEC extingue diretoria voltada a escolas cívico-militares; política será avaliada

O ministro Camilo Santana afirma que a política será avaliada pelos secretários do Ministério da Educação, comandado pelo ex-governador do Ceará

Deixou de existir no dia 1° de janeiro a diretoria do Ministério da Educação (MEC) que tratava das escolas cívico-militares. O novo organograma da pasta não incluí o departamento que era vinculado à Secretaria de Educação Básica. Nesta sexta-feira, 6, o ministro Camilo Santana (PT) afirmou que a política ainda está sendo avaliada.

Criado em setembro de 2019 em uma parceria da Educação com a Defesa, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) viabilizou a implementação do modelo. Na prática, a União não construía escolas novas, mas implementava, nas escolhidas pelos entes federativos, o modelo cívico-militar.

Desde esse ano, o Ministério da Educação inseriu em sua organização uma secretaria exclusiva sobre o tema. Ela tinha três coordenações: a de regulação do modelo cívico-militar, a de acordos de cooperação técnica e a de implementação do modelo.

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Com a reforma, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o MEC funciona apenas com três diretorias na Secretária de Educação Básica, todas na mesma linha das que já existiam na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma voltada para a formação das diretrizes da educação, outra para formação docente e uma terceira para articulação e apoio à gestão.

Perguntado sobre o futuro desse tipo de instituição, Camilo Santana pontuou que os secretários tem até 24 desde mês para avaliar a estrutura do ministério afim de "cumprir o melhor desempenho". "Com cada secretário assumindo suas pastas, vamos avaliar, porque para mim toda política pública previsa ser avaliada. Toda ação precisa ser avaliada os resultados se alcançaram", disse.

A fala aconteceu no anúncio dos secretários que vão compor as pastas de seu Ministério. Entre eles , está Izolda Cela, ex-governadora do Ceará, e Maurício Holanda, ex-secretário de Educação do Estado e de Sobral.

"Posteriormente, nós vamos tomar uma decisão sobre isso, como tomamos de trazer para a Secadi a diretoria de bilíngue de surdos", pontuou o ministro. A frase se refere a decisão tomada na quinta-feira, 5, de que a Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos funcionará dentro da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi).

 

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