Delegações russa e ucraniana vêm ao Brasil para posse e são recebidas por Lula

Países estão em guerra desde fevereiro de 2022. Posse de Lula é realizada neste domingo, 1º de janeiro de 2023

O presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT), recebeu membros das delegações da Rússia e da Ucrânia que estão no Brasil para participar da posse presidencial neste domingo, 1º de janeiro de 2023. Os dois países vizinhos travam guerra desde 24 de fevereiro de 2022.

Em publicação no perfil oficial no Twitter, Lula diz desejar "que as partes encontrem um ponto comum para o fim do conflito". 

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"Recebi a presidenta do Conselho da Federação Russa, Valentina Matvienko, chefe da delegação do país. Agradeci os cumprimentos de Putin trazidos por ela e expressei o desejo do Brasil pela paz e que as partes encontrem um ponto comum para o fim do conflito", afirma o presidente eleito.

Na sequência, em avanço nas relações de Lula com a Ucrânia, o presidente eleito posou ao lado da vice-primeira ministra Yulia Svyrydenko, e agradeceu os cumprimentos do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

"No Brasil temos a tradição de defender a integridade das nações e vamos conversar com quem for possível pela paz", garante.

Tom conciliador

O tom das postagens é mais conciliador do que o adotado anteriormente pelo próprio Lula. Em maio, cerca de dois meses após a invasão russa ao território ucraniano, Lula concedeu entrevista à revista norte-americana Time, afirmando que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "quis a guerra" com a Rússia.

Embora tenha dito não conhecer Zelensky, Lula afirmou, na época, que o líder ucraniano é "tão responsável quanto Putin" porque em um conflito não existe apenas um culpado.

Lula disse ainda que foi um erro Putin invadir a Ucrânia, mas criticou a postura do Zelensky durante o conflito. “Esse cara é tão responsável quanto o Putin (...) porque numa guerra não tem apenas um culpado (...) O presidente da Ucrânia poderia ter dito: ‘Olha, vamos deixar para discutir esse negócio da Otan e esse negócio da Europa mais para frente. Vamos primeiro conversar um pouco mais”, declarou o petista.

Em julho, em clara resposta ao teor da entrevista, um relatório elaborado pelo governo ucraniano inseriu o então ex-presidente em uma lista de "oradores que promovem narrativas consoantes com a propaganda russa". O material elaborado pelo centro de combate à desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia acusou o petista de acreditar que a Rússia deve liderar uma "nova ordem mundial" e que o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, também seria responsável pela guerra.

Já em dezembro, após as eleições, Lula revelou conversa por telefone com Putin, que se manifestou a favor de querer "estreitar" as relações entre os dois países. Lula reforçou o papel diplomático que deseja que o Brasil retome em seu terceiro mandato presidencial.

"O Brasil voltou, buscando o diálogo com todos e empenhado na busca de um mundo sem fome e com paz", acrescentou Lula.

Jair Bolsonaro (PL) defende, desde o início do conflito, posição de suposta isenção adotada pelo Brasil na guerra entre Rússia e Ucrânia.

 

 

 

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