Bolsonaro vai a 1º ato público após derrota, em quartel cercado por golpistas, mas não discursa

Presidente foi recebido por apoiadores que pedem intervenção das Forças Armadas

Recluso desde que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022, Jair Bolsonaro (PL) participou durante a manhã deste sábado, 26, do primeiro evento oficial desde a votação que ocorreu em 30 de outubro. Havia a expectativa que o presidente discursasse durante a solenidade, o que não ocorreu.

O político foi recebido no quartel, em Resende, no Rio de Janeiro, por apoiadores golpistas que contestam o resultado das urnas e pedem intervenção inconstitucional dos militares. Ele participou da cerimônia de formação de 362 homens e 33 mulheres aspirantes a oficial do Exército da turma Bicentenário da Independência do Brasil da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

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Nas proximidades do local, trajados de verde e amarelo, os bolsonaristas erguiam cartazes em que pediam que o mandatário acionasse as Forças Armadas contra as "fraudes nas urnas", embora não exista qualquer prova de falhas no sistema eleitoral.

A cerimônia foi interrompida por alguns minutos enquanto padrinhos e madrinhas dos cadetes ocuparam o pátio e entoavam cantos de "mito! Mito! Mito!". Eles faziam gestos de saudação ao gestor, que acenava em resposta. A área de isolamento foi rompida como parte da programação, para que os presentes fizessem a entrega das espadas aos seus afilhados. No entanto, as pessoas permaneceram no local enquanto organizadores do evento pediam para que se retirassem.

Durante a solenidade, o político esteve ao lado do vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (Republicanos).

Embora seja a primeira participação em eventos oficiais desde 30 de outubro, essa é a terceira aparição pública de Bolsonaro. Quase dois dias após a eleição, o político realizou um discurso de aproximadamente dois minutos. Na ocasião, ele terceirizou os trabalhos de transição para a futura gestão de Lula ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).

Depois, o chefe do Executivo divulgou vídeo nas redes sociais pedindo para que os apoiadores liberassem as rodovias. Ele reconheceu os protestos como "legítimos", apesar de os bolsonaristas promoverem atos golpistas contra o resultados das urnas desde a derrota do ex-candidato à reeleição.

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