Como os jogadores da seleção brasileira se manifestaram nas eleições deste ano

Neymar e Daniel Alves apoiaram a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL)

A Copa do Mundo de futebol masculino é palco de jogos e momentos que podem entrar para a história dos países e do esporte. Ocorrendo pouco menos de um mês após a eleição presidencial no Brasil, o torneio recebe atletas brasileiros que se posicionaram durante o período do pleito presidencial no Brasil. Dos jogadores convocados pelo Brasil, dois se manifestaram publicamente: o atacante Neymar Jr e o lateral Daniel Alves.

Ambos apoiaram, em níveis distintos, a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o segundo turno, no último dia 30 de outubro. 

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Neymar, maior astro do plantel brasileiro, foi mais efusivo e publicou vídeo na plataforma TikTok onde dançava ao som de uma música eleitoral do atual presidente e fazia o número 22 com as mãos, em alusão ao número do então candidato. Neymar participou de uma live com Bolsonaro e chegou a prometer uma homenagem ao presidente, caso marque um gol na Copa. Gesto que pode gerar punição ao atleta, de acordo com as regras da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Já Dani Alves foi mais comedido. Ele publicou um vídeo em seu perfil no Instagram em 1° de outubro no qual não cita Bolsonaro nominalmente, mas afirma adorar um slogan utilizado ainda hoje pelo presidente. “Um slogan que eu adoro, que sou apaixonado. Mas não por ele ser escolhido por lado político, que é 'Brasil acima de tudo e Deus acima de todos'”, disse Daniel Alves que, durante a declaração, não cravou em quem seria seu voto.

Outros atletas brasileiros nesta Copa, não se posicionaram publicamente sobre a eleição, mas são reconhecidos por posicionamentos que transcendem o âmbito eleitoral e passam a ser políticos. O principal deles talvez seja o atacante do Tottenham, Richarlison. O atleta é engajado na luta contra o racismo, em questões de preservação ambiental e outros temas de caráter progressista.

Ao longo dos últimos anos, o atleta se posiciona contra casos de violência contra pessoas negras, como nos casos do menino João Pedro, 14, morto em operação policial no RJ; do músico Evaldo Rosa, morto com 80 tiros por militares do Exército; e do americano George Floyd, que morreu após ser sufocado por um policial nos Estados Unidos.

Durante a campanha das eleições de 2022, ex-atletas como Raí e Juninho Pernambucano, que disputaram Copas em edições anteriores, declararam apoia a Lula. Raí chegou a fazer uma manifestação na entrega do prêmio Bola de Ouro, concedido aos melhores do mundo da revista France Football, onde fez o "L" de Lula. A atitude foi respondida por Lula nas sociais.

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