Bolsonaro disse que alta da Petrobras seria "interesse político para atingir governo"

Manifestação foi feita em live na noite de quinta-feira

Na véspera de a Petrobras anunciar nova alta de preços dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou que um aumento de preços dos combustíveis neste momento seria interpretado por ele como tentativa de prejudicar o governo politicamente.

"Eu espero que a Petrobras não queira aumentar a gasolina e aumentar o diesel nesses dias que nós estamos negociando aqui, acertando com o parlamento. Eu só posso entender que seria, um reajuste da Petrobras agora, interesse político para atingir o governo federal." O Governo Federal é acionista majoritário e controla a empresa. Foi anunciado nesta sexta-feira, 17, que a gasolina aumentará 5,2% e o diesel, 14,2%. O governo articula a aprovação de um teto para o ICMS sobre combustíveis.

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O presidente voltou a afirmar que a política de preços da estatal, com paridade internacional, não determina reajustes automáticos. "Não precisa quando aumenta o petróleo lá fora, o Brent, e o dólar aumenta aqui, ela não precisa imediatamente reajustar seus preços. Ela tem um prazo de vários meses para reajustar. E isso aí quem diz é a decisão do conselho lá atrás, quando se criou a PPI, no início do governo Temer", declarou Bolsonaro "Para mim e a equipe econômica, não interessa o lucro da Petrobras", emendou.

Em postagem nas redes sociais nesta sexta, Bolsonaro publicou ainda: "O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais." Ele publicou também: "A Petrobrás pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo."

Na live de quinta, Bolsonaro afirmou: "A Petrobras tá rachando de ganhar dinheiro". Disse ainda: "Não mando nada lá", sobre a dificuldade de mudar o presidente.

E reforçou a crítica ao comando da estatal: "Quanto mais o povo está sofrendo, mais felizes estão os diretores e o atual presidente da Petrobras." Ele disse que esse lucro não interessa a ele nem à equipe econômica. "O diesel está lá em cima em função de impostos. Também em função dos preços cobrados pela Petrobras", afirmou.

Apesar disso, ele disse que não repetirá o apelo para que os preços não subam. Mês passado, ele fez isso aos gritos, mas não deu resultado. "Não vou fazer apelo para a Petrobras, fiz no passado, quebrei a cara."

Com Agência Estado

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