CPI do MEC: veja as denúncias que devem ser investigadas

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lidera os esforços para instalar a comissão. O caso é chamado nas redes sociais de "Bolsolão do MEC"

Senadores discutem a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar suspeitas de irregularidades na destinação de verbas do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na gestão federal. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lidera os esforços para instalar a comissão. O caso é chamado nas redes sociais de "Bolsolão do MEC".

A intenção de Randolfe é investigar um caso, com repercussão nacional, no qual o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro teria priorizado a destinação de verbas para prefeituras chefiadas por amigos de dois pastores evangélicos. Segundo o parlamentar, 27 senadores já assinaram documento para solicitar a instalação da comissão; esse é o número mínimo necessário para protocolar o pedido.

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Pastores

Caso seja instalada, a CPI deve investigar denúncias de cobrança de propina em dinheiro e até em ouro feita por pastores a prefeitos de determinados municípios. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que sequer têm cargos na pasta, teriam condicionado a liberação de verbas da Educação ao pagamento dos valores pedidos.

À época, o áudio vazado de uma conversa sinalizou que o então ministro Milton Ribeiro (Educação) teria priorizado solicitações de prefeitos indicados pelos pastores. Ribeiro chegou a dizer que a prática teria ocorrido a partir de uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro (PL). A prática já viria ocorrendo, pelo menos, desde o ano passado.

 

Ônibus

Uma eventual CPI também visa averiguar a licitação para compra de 3,8 mil ônibus escolares. Segundo informações reveladas pelo Estadão, a concorrência foi elaborada com indicação de sobrepreço de mais de R$ 700 milhões.

Na última terça-feira, 5, prefeitos de três municípios ouvidos pela Comissão de Educação do Senado confirmaram ter sido abordados por pastores que pediam o pagamento de propina em troca da liberação de verbas. O ex-ministro Milton Ribeiro foi exonerado do MEC após a divulgação de áudios em que diz priorizar repasses aos “prefeitos amigos do pastor Gilmar”.

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