Após ser citado, Capitão Wagner critica uso de CPI "para fins eleitorais"

O presidente do União Brasil no Ceará destacou ainda já ter trabalhado para evitar que a associação fosse utilizada para fins políticos

O deputado federal licenciado Capitão Wagner (UB) criticou condução do primeiro depoimento da CPI do Motim que ouviu, nesta terça-feira, 5, o policial Cleyber Barbosa Araújo, presidente Associação dos Profissionais de Segurança (APS). O presidente do União Brasil no Ceará (UB-CE) acusou os parlamentares da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) de trabalhar pelo interesse político dos responsáveis pelos resultados negativos na segurança pública cearense.

"Causa estranheza que, mesmo com os graves problemas que o Ceará enfrenta, como ter mais de 5 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza, ser o segundo Estado mais violento do país, ter o maior número de perda de vidas por Covid da região Nordeste, a Assembleia Legislativa feche os olhos para o sofrimento dos cearenses e passe a trabalhar pelo interesse político dos responsáveis por esses resultados negativos", respondeu o pré-candidato ao governo estadual, em nota.

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Wagner disse, porém, não estranhar que "parte dos deputados da Casa estejam utilizando uma CPI para fins eleitorais, em razão do pleito que se aproxima". "O eleitor não é bobo e o cearense é mais inteligente do que eles pensam e, também por isso, não caem mais nesse jogo antigo e retrógrado de quem quer desviar a atenção do que realmente importa, que são os problemas que nós cearenses enfrentamos todos os dias", afirmou. 

O presidente do União Brasil no Ceará destacou ainda já ter trabalhado para evitar que a associação fosse utilizada para fins políticos. "Cabe esclarecer que, quando presidente da Associação dos Profissionais de Segurança, de 2013 a 2014, modifiquei o estatuto da entidade para que nenhum deputado estadual e federal faça parte de sua diretoria. Esclareço também que estarei vigilante e tomarei as medidas judiciais cabíveis para não permitir ilações que sejam utilizadas para criar falsas narrativas que envolvam o meu nome", acrescentou.

Na manhã desta terça, o relator da CPI do Motim, deputado Elmano de Freitas (PT), afirmou que a APS, presidida por Cleyber Barbosa, faz parte de "um braço político de um grupo político partidário", da qual integram Wagner, o deputado Soldado Noelio (UB) e o vereador de Fortaleza Sargento Reginauro.

O petista mostrou uma série de slides e alegou que a instituição de policiais tem a prática de sacar dinheiro na boca do caixa e que seu diretores usaram empresas fantasmas para financiar os protestos que culminaram nos motins de PMs em 2020.

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