Noelio critica CPI do Motim: "Estão dispostos ao 'tudo ou nada' para se manter no poder"

O parlamentar disse que os demais integrantes da comissão atuam com "desejo deliberado e irresponsável de, de alguma forma, tentar manchar" sua imagem e fazer "ilações parar gerar suspeição de algum tipo de desvio"

O deputado estadual Soldado Noelio (União Brasil) acusou a CPI do Motim de "fazer politicagem" durante sessão que ouviu o policial Cleyber Barbosa Araújo, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS). O parlamentar criticou a atuação do relator Elmano de Freitas (PT) e afirmou que a comissão "mostra que o governo e seu grupo político estão dispostos ao 'tudo ou nada' para se manter no poder". 

"Usar uma CPI, importante instrumento conferido aos parlamentares para fazer politicagem, só mostra que o governo e seu grupo político estão dispostos ao “tudo ou nada” para se manter no poder. Também leva ao questionamento a atuação do relator Elmano de Freitas, em criar narrativas para desconstruir a imagem de Capitão Wagner e todos que lhe apoiam, quando contribuiu para a anistia dos policiais do movimento de 2011, articulando junto ao presidente Lula, em 2012", disse Noelio. 

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O deputado foi acusado pelo petista de integrar "um braço político de um grupo político partidário", da qual integram a APS, o pré-candidato ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (União Brasil), e o vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro (União Brasil).

"Hoje, quem ameaça esse projeto de continuidade da oligarquia Ferreira Gomes, segundo a visão do próprio governo, não são as facções que dominam o Ceará, mas sim o pré-candidato ao governo, Capitão Wagner", endossou. 

O único parlamentar de oposição na CPI disse que os demais deputados atuam com "desejo deliberado e irresponsável, de alguma forma, tentar manchar" sua imagem. "Essa CPI não é séria. É palanque eleitoral!", completou.

Em entrevista coletiva, Noelio acusou Elmano de conduzir o depoimento de forma intimidadora. "Eu acho que fazer a mesma pergunta ao convidado sobre o mesmo assunto é uma forma de intimidação e pressão sobre alguém que é convidado. Sai da razoabilidade", questionou. 

Noelio avaliou que a sessão aconteceu de forma tranquila, mas apontou algumas "tentativas de ilações para se gerar uma suspeição de algum tipo de desvio". "As associações elas não recebem nenhum tipo de recurso publico, não operam com nenhum centavo de recursos de impostos dos cidadãos, mas de contribuições dos próprios policiais. Inclusive esses recursos são votados anualmente em assembleia para aprovar a prestação de contas dessas entidades. 

Outra critica feita pelo único integrante da oposição na CPI foi a informação sobre o saque, na boca do caixa, realizada pela associação de policiais em torno de R$ 2,3 milhões. "Tentou-se fazer um enlace aqui colocando em suspensão os saques da associação em torno de R$ 2,3 milhões de reais ao longo de cinco anos, isso dá uma média de recurso operado por mês de R$ 38 mil reais. Eu não acho que isso é um absurdo para uma associação que tem 8 mil associados", disse. 

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