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Deputados aprovam relatório que mostra viabilidade do piso salarial da enfermagem

Parlamentares pedem agora urgência para votação do projeto na Câmara dos Deputados

O grupo de trabalho criado para avaliar o impacto da criação do piso salarial da enfermagem, previsto no projeto de lei 2564/2020, aprovou relatório final na quarta-feira, 23. O documento confronta dados do Ministério da Saúde, que apontou impacto superior ao apresentado pelos parlamentares.

De acordo com o relatório, o valor representa um acréscimo de 2,02% da massa salarial anual das organizações contratantes e cerca de 2,7% do PIB da Saúde do país em 2020. Este valor representaria cerca de 4,8% do faturamento dos planos e seguros de saúde em 2020 e, quando comparado ao montante total ao orçamento do SUS, o valor equivale a 3,65% do orçamento do Ministério da Saúde em 2020.

Os números encontrados estão bem abaixo daqueles apresentados pelo Ministério da Saúde durante o GT e audiência pública realizada pela Comissão de Seguridade Social e Família em dezembro do ano passado.

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Na duas ocasiões, foi apontado um impacto de R$ 22,5 bilhões, sendo R$ 14,5 bilhões para o setor público e R$ 8 bilhões para o setor privado. A Federação Nacional dos Enfermeiros já havia enviado aos parlamentares um estudo relacionado ao tema estimando em R$ 15,7 bilhões.

Membro titular e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Enfermagem, o cearense Célio Studart (PV) comemorou a aprovação e lembrou da importância de aprovar o requerimento de urgência apresentado em dezembro do ano passado por ele e outros parlamentares.

“A partir de agora, com esse relatório aprovado, é mostrar que é possível este impacto, que na verdade é investimento, e que a Enfermagem precisa dessa aprovação ou nós vamos ver um caos na saúde do Brasil. A Enfermagem não está brincando. Eles estão exaustos, cansados e precisam sentir que ainda há dignidade e justiça para receber do Brasil”, reiterou o deputado.

Após a apresentação de diversas entidades da Enfermagem, organizações gestoras do SUS e várias associações representes do setor privado, o relator, deputado Alexandre Padilha (PT-SP), apresentou o valor total de R$ 16,310 bilhões de impacto anual. A estimativa é de que estejam ativos cerca de 1,2 milhão de profissionais entre enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras.

Piso salarial

O texto original apresentado no Senado Federal trazia para os enfermeiros um piso salarial de R$ 7.315,00, 70% para os técnicos de Enfermagem e 50% para os auxiliares de Enfermagem e para as parteiras, além de uma jornada de trabalho de 30h horas semanais. Após intenso debate e negociações, o substitutivo aprovado em novembro fixou o teto em R$ 4.750, mantendo a proporcionalidade para os demais profissionais.

Com apoio de líderes partidários, o deputado Célio Studart já requereu o caráter de urgência para votar o projeto na Câmara. O texto, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), aguarda despacho do presidência da Câmara, Arthur Lira (DEM-AL), para ser pautado no Plenário da outra Casa.

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