PF com Bolsonaro prendeu menos por corrupção, reduziu número de inquéritos e faz mais operações
O tema voltou ao foco após o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) criticar a atuação da PF sob o governo da atual presidência
Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL), eleito em 2018, a Polícia Federal abriu menos inquéritos para apurar corrupção e fez menos prisões de suspeitos de terem praticado o crime. Desde 2019, porém, a corporação fez mais operações de combate à corrupção do que em anos anteriores. As informações são do jornal O Globo desta sexta-feira 18.
O tema voltou ao foco após o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) criticar a atuação da PF sob o governo da atual presidência. Os ataques geraram reação na PF, que divulgou nota rebatendo o ex-juiz. No texto, Moro foi chamado de mentiroso e acusado de desconhecer a corporação, além de tentar usar os fatos para fazer "trampolim político".
É + que streaming. É arte, cultura e história.
De acordo com o jornal, a quantidade de prisões de pessoas investigadas por corrupção vem caindo desde 2018. Já as investigações abertas para apurar o crime aumentaram em 2019, voltando a cair nos anos seguintes. As operações, segundo a publicação, focaram em supostos desvios durante a pandemia da Covid-19.
Sob Bolsonaro e Moro, a PF conviveu com acusações de ser usada para perseguir politicamente opositores do governo. Casos recentes, como a operação contra Ciro Gomes e seu irmão Cid Gomes, que resgata episódios ocorridos em 2010, são exemplos dessa suspeita. Quando esteve na pasta da Justiça, Moro foi o ministro que mais abriu investigações para proteger um presidente nos últimos 25 anos.