Girão critica riso de Camilo após Moro reivindicar mérito por queda de homicídios do Ceará
Segundo o senador, o governador "não comenta por vergonha dos 2.7000 homicídios em sua gestão" e porque "acha que não deve satisfação aos cearenses"O senador Eduardo Girão (Podemos) usou as redes sociais, nesta sexta-feira, 11, para criticar o posicionamento do governador Camilo Santana (PT) após o ex-ministro Sergio Moro reivindicar o mérito pela queda de homicídios registrada no Ceará durante sua gestão como ministro da Justiça, em 2019. Durante evento com ex-governadores no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, o petista apenas riu quando questionado sobre o assunto.
Segundo o parlamentar, Camilo "não comenta por vergonha dos 2.7000 homicídios em sua gestão" e porque "acha que não deve satisfação aos cearenses". O senador destacou ainda que Camilo "tem medo das facções criminosas". "Crê que 1,2 bilhão gasto em propaganda o blindam de críticas. "Contra fatos não há argumentos", finalizou.
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Assine1.Não comenta por vergonha dos 27000 homicídios em sua gestão 2.Pq acha q ñ deve satisfação aos cearenses 3.Tem medo das facções criminosas 4. Crê que 1,2 bilhão gasto em propaganda o blindam de críticas 5.Contra fatos não há argumentos-Resposta:Todas as opções anteriores!Paz&Bem pic.twitter.com/Q2TcYXbHwY
Durante seu posicionamento, Camilo minimizou a atuação do ex-juiz na área da segurança pública no Ceará. “Não vou nem comentar”, disse o governador. Questionado por sua falta de manifestação sobre o assunto, ele completou: “Porque a gente sabe que isso não existe”.
Em tour pelo Nordeste, Moro esteve no Ceará nesta semana, após articulações de Girão, seu aliado de campanha ao Planalto e adversário da gestão Camilo. Em eventos com aliados e empresários, ele relacionou a redução de homicídios no Estado com sua atuação como ministro da Justiça do governo federal.
O ex-juiz esteve à frente da pasta entre 1º de janeiro de 2019 a 24 de abril de 2020, momento em que o Ceará teve a maior queda de homicídios da década. O pré-candidato à Presidência defende que os dados devem-se às suas ações implantadas na época.
No início de 2020, ele chegou a vir ao Ceará para tentar gerir a crise da segurança pública iniciada pelo motim de policiais militares. Na época, o Ministério da Justiça enviou tropas da Força Nacional para proteger a população, mobilizando uma ação fundamentada na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em dezembro de 2021, durante entrevista para a rádio O POVO CBN, Moro chegou a afirmar que o governador petista fez críticas muito severas aos PMs, chegando ao ponto de romper com todas as pontes que existiam entre o governo do estado e a categoria e de faltar com o diálogo com os policiais militares durante o motim da categoria em 2020.
Camilo rebateu a acusação e lembrou que Moro apenas propôs anistia aos envolvidos do motim, à época. “Soube que o ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro, criticou em entrevista hoje que não tive diálogo com os encapuzados do motim criminoso no Ceará, em 2020. Logo ele, que veio à época aqui e a única ação foi propor anistia para os crimes cometidos. Não aceitei”, escreveu o governador estadual.