Bolsonaro voltou à obra inaugurada em 2020 e que se rompeu após dois meses

A tubulação em Jati rompeu no dia 21 de agosto de 2020. Em dezembro do mesmo ano, relatório final da perícia apontou erro da empresa de obras

O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve, nesta terça-feira, 8, na barragem do município de Jati, na região Sul do Ceará, para acompanhar a retomada da liberação das águas da transposição do rio São Francisco para o Cinturão das Águas do Ceará (CAC). A obra visitada por Bolsonaro havia sido inaugurada em junho de 2020, mas rompeu-se dois meses depois, quando parte da tubulação da barragem Jati rompeu.

Em sua primeira visita ao Ceará desde que assumiu a Presidência, em 26 de junho de 2020, Bolsonaro esteve em Penaforte, na divisa com Pernambuco, e acionou a comporta da transposição do rio São Francisco. O ato marcou a chegada das águas da transposição ao território cearense. Do reservatório Milagres, em Pernambuco, as águas passaram pelo túnel Milagres, na divisa entre Pernambuco e Ceará, e seguiram até o reservatório Jati, no Ceará.

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Tubulação da barragem de Jati
Tubulação da barragem de Jati (Foto: Aurelio Alves)

A tubulação em Jati rompeu no dia 21 de agosto de 2020. De acordo com informações da Secretaria de Recursos Hídricos (SHR), a captação que leva água para comportas teve o encanamento estourado. À época, pensava-se que teria ocorrido o rompimento da barragem, mas a SRH, esclareceu que o problema teria ocorrido na tubulação.

No dia 1° de dezembro de 2020, cerca de três meses após o rompimento da tubulação da barragem, o relatório final da perícia apontou erro da empresa de obras. Documento indicou uma falha na montagem de válvulas, que culminou no vazamento, que à época colocou a população em estado de alerta e fez cerca de duas mil pessoas serem evacuadas.

Presidente Jair Bolsonaro circulou em carro aberto em Jati
Presidente Jair Bolsonaro circulou em carro aberto em Jati (Foto: Aurelio Alves)

"A operação da válvula esférica, cuja instalação e posterior operação não ocorreu de acordo com as normas e padrões determinados pelo próprio fabricante, ocasionou o seu fechamento inoportuno e, como consequência, o transiente hidráulico que superou os valores de projeto, levando ao colapso do conduto de concreto. A sequência de falhas aponta para um somatório de erros cometidos na operação da barragem", apontou o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) à época do rompimento da tubulação.

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